Reflexão: Liturgia do V Domingo da Páscoa, Ano A – 10/05/2020

04 de Maio de 2020

"Reflexão: Liturgia do V Domingo da Páscoa, Ano A – 10/05/2020"

Igreja: Corpo místico de Cristo, Dom precioso da Ressurreição

Na Liturgia deste V Domingo da Páscoa, veremos, na 1a Leitura (At 6, 1-7), que os ministérios vão surgindo na comunidade em resposta a necessidades concretas: “Uma necessidade, um chamado de Deus”.  São as necessidades que levam a formar estruturas de serviços. Pretendemos ver, neste texto, a origem do diaconato, ministério que se especificará ulteriormente na tradição.

A 2ª Leitura (1Pd 2, 4-9) mostra que a Igreja é um Edifício Espiritual, no qual Cristo é a ‘Pedra principal’ e os cristãos são as ‘Pedras vivas’, templos em que Deus se manifesta.

No Evangelho (Jo 14, 1-12), Jesus se apresenta como o verdadeiro caminho para a vida. Por meio da encarnação, Deus, doador da vida, se manifesta inteiramente na pessoa e ação de Jesus. A Comunidade que segue Jesus não caminha para o fracasso, pois a meta é a vida plena, vida eterna. Jesus realiza, na Comunidade, o que realizou em sua vida terrena. Jesus está vivo na Comunidade, isto é, na Igreja que é seu Corpo Místico e “Ele é o mesmo, ontem, hoje e sempre” (Hb 13, 8), cura, ensina, perdoa e salva. A Igreja é fruto da Ressurreição de Jesus. É o local onde Jesus ressuscitado vive e convive com seus seguidores. Não é um local qualquer e muito menos uma empresa para ganhar dinheiro, mas um local onde se convive fraternalmente, se ama e se tem esperança de vencer todos os obstáculos, pois, em comunhão com Cristo, nós “somos mais que vencedores” (Rm 8, 37).

Nós reconhecemos que a Igreja é de Jesus pelas obras, como diz a conclusão do Evangelho de hoje. A Igreja realiza as obras de Jesus Cristo e, por causa da Sua presença na Igreja, ela é capaz de realizar obras ainda maiores. É o que vemos, por exemplo, pela atuação caritativa da Igreja em todo o mundo e, principalmente, entre os mais pobres. Rezemos pela nossa Igreja, para que saibamos amá-la, apesar das imperfeições humanas e, até mesmo, de seus pecados, intercedendo nela a graça de ser cada vez mais fiel ao projeto do Reino de Deus. Sempre é bom lembrar o alerta que o apóstolo Paulo nos faz: “Por isso, vistam a armadura de Deus para que, no dia mau, vocês possam resistir e permanecer firmes, superando todas as provações” (Ef 6, 13).

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.


Pe. Leomar Antonio Montagna

Arquidiocese de Maringá – PR