20 de Agosto de 2018

"Vida religiosa. Reavivar o encontro com Cristo"

Neste mês de agosto em que celebramos o mês vocacional, dedicamos para cada domingo uma vocação. Hoje é a vez do religiosos e religiosas, homens e mulheres que são chamados para viver em comunidade os votos de pobreza, obediência e castidade, iluminados sempre por um carisma determinado, que brota do compromisso com a Palavra de Deus.

Nós hoje contamos com religiosos e religiosas no campo da educação, com os colégios, na promoção humana, saúde; enfim, somos privilegiados por contar com mais de cem religiosos e religiosas na Arquidiocese de Maringá.

No encontro com o Papa em fevereiro deste ano, Francisco disse aos religiosos que “o encontro com Jesus é segredo para manter viva a chama da vida espiritual”. Caminhar contra a corrente, reavivar o encontro com Jesus, procurar o encontro entre profecia e memória.  O Papa destacou que a apresentação de Jesus no templo mostra o encontro entre dois pares humanos: os jovens Maria e José e os anciãos Simeão e Ana. “Maria e José encontram ali as raízes do povo e as raízes da fé; já os anciãos recebem Jesus, sentido da sua vida. Naquele encontro, os jovens veem a sua missão e os anciãos realizam os seus sonhos; e tudo isto porque, no centro do encontro, está Jesus”.

Francisco trouxe essa reflexão para o contexto da vida consagrada, lembrando que tudo começou pelo encontro com o Senhor. A partir do chamado de Deus, nasceu o caminho de consagração, que deve ser recordado. No templo, Maria e José observam as prescrições da Lei, ao passo que os anciãos profetizam. “A juventude dum instituto de vida consagrada encontra-se indo às raízes, ouvindo as pessoas anciãs. Não há futuro sem este encontro entre anciãos e jovens; não há crescimento sem raízes, e não há florescimento sem novos rebentos. Jamais profecia sem memória, jamais memória sem profecia; mas que sempre se encontrem!”.

O Santo Padre constatou que “a vida agitada induz a fechar as portas ao encontro, mas isso não deve acontecer na vida consagrada, que nasce e renasce do encontro com Jesus como é: pobre, casto e obediente. A vida do mundo corre atrás dos prazeres e ambições pessoais, a vida consagrada deixa o afeto livre de qualquer propriedade para amar plenamente a Deus e aos outros. “Sede, assim, a alvorada perene da Igreja”.

O Papa disse também que, “quando nos encontramos no Senhor, chegam pontualmente as surpresas de Deus. Para permitir que as mesmas aconteçam na vida consagrada, convém lembrar-nos que não se pode renovar o encontro com o Senhor sem o outro: nunca o deixes para trás, nunca faças descartes geracionais, mas diariamente caminhai lado a lado, com o Senhor no centro”.

Agradeço a Deus pela presença e ação missionária de tantos religiosos na Arquidiocese de Maringá. Que o Senhor da messe suscite mais vocações para a vida consagrada e religiosa.


Dom Anuar Battisti