14 de Outubro de 2018

"Os jovens, a fé e o discernimento vocacional"

A Igreja Católica Apostólica Romana vive um momento maravilhoso em Roma, por estes dias. Teve início dia 03 de outubro e segue até o dia 28, o Sínodo dos Bispos - XV Assembleia geral ordinária – com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. É a juventude no centro da Igreja.

São 260 padres sinodais de diversos lugares do mundo. Pela primeira vez, depois da assinatura do acordo provisório entre a Santa Sé e a República Popular da China, participam dois bispos da China continental. O Sínodo é o chamado do Papa Francisco que quer uma “Igreja em saída”, renovada.

Trago aqui alguns trechos do documento Instrumentum Laboris, que norteia o trabalho dos bispos.

Sobre a finalidade do Sínodo: “Cuidar dos jovens não é uma tarefa facultativa da Igreja, mas é parte fundamental de sua vocação e missão na história. É este, in radice, o âmbito específico do Sínodo: como o Senhor Jesus caminhou com os discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 13-35), também a Igreja é convidada a acompanhar todos os jovens, sem exceções, em direção à alegria do amor. Os jovens podem, com sua presença e palavra, ajudar a Igreja a rejuvenescer o próprio rosto. Um elo ideal liga a Mensagem aos jovens do Concílio Vaticano II (8 de dezembro de 1965) e o Sínodo dos Jovens (3-28 de outubro de 2018), como explicado pelo Santo Padre na introdução da Reunião pré-sinodal: ‘Vem à minha mente a maravilhosa Mensagem aos jovens do Concílio Vaticano II. […] É um convite a procurar novos caminhos e a percorrê-los com audácia e confiança, mantendo o olhar fixo em Jesus e abrindo-se ao Espírito Santo, para rejuvenescer o próprio rosto da Igreja’, acompanhando os jovens em seu percurso de discernimento vocacional nesta “mudança de época” (Instrumentum Laboris, n.1).

Família: “A família continua a representar uma referência privilegiada no processo de desenvolvimento integral da pessoa: todas as vozes expressas concordam com este ponto. Vale ressaltar que há, portanto, uma profunda ligação entre este Sínodo e o caminho dos outros imediatamente anteriores. Não faltam, porém, diferenças significativas no modo de considerar a família. É isso o que afirmam os jovens com palavras semelhantes às das várias Conferências Episcopais: ‘Em muitas partes do mundo, o papel dos idosos e a reverência aos antepassados são fatores que contribuem para a formação das suas identidades. Porém, isso não é um dado universalmente compartilhado, visto que os modelos da família tradicional estão em declínio em vários lugares’ (RP 1). Os jovens também relatam como as dificuldades, divisões e fragilidades das famílias são uma fonte de sofrimento para muitos deles” (n.11).

Estes são apenas dois pontos do documento, que é muito rico e convidativo para uma leitura aprofundada. Convido as famílias a rezarem pelos jovens. Vamos nos aproximar deles. E neste mês de outubro, como nos pede o Papa Francisco, vamos rezar o terço todos os dias, também pelos jovens do Brasil. Que o nosso país seja capaz de acolher a juventude, com dignidade e esperança. Convido você leitor para rezar duas orações indicadas pelo Santo Padre:  Oração a Nossa Senhora - “À Vossa Proteção recorremos, Santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas em nossas necessidades, mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita!”

Oração a São Miguel Arcanjo – “São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate. Sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Que Deus manifeste o seu poder sobre ele. Eis a nossa humilde súplica. E vós, Príncipe da Milícia Celeste, com o poder que Deus vos conferiu, precipitai no inferno Satanás e os outros espíritos malignos, que andam pelo mundo tentando as almas. Amém!”

Deus nos abençoe.

 

Dom Anuar Battisti