Reflexão litúrgica: terça-feira, 07/11/2023, 31ª Semana do Tempo Comum

06 de Novembro de 2023

"Reflexão litúrgica: terça-feira, 07/11/2023, 31ª Semana do Tempo Comum"

TODOS PRECISAM DE CADA UM, E CADA UM PRECISA DE TODOS 

Na Liturgia desta terça-feira, 31ª Semana do Tempo Comum, na 1ª Leitura (Rm 12,5-16a), vemos que a vida na comunidade cristã tem como exigência básica o abandono da pretensão de ser o maior ou o mais importante, para colocar-se com simplicidade a serviço dos outros. Todos precisam de cada um, e cada um precisa de todos. A graça que Deus concede a cada um é o próprio modo de ser de cada pessoa. E esse modo de ser, que é iluminado pela fé, se coloca à disposição das necessidades dos outros, a fim de que todos possam crescer, mediante a contribuição de cada um. 

Neste texto o apóstolo Paulo também expõe as linhas-mestras do comportamento cristão, principalmente no que se refere à vida comunitária. A vida cristã deve ser inteiramente penetrada de sincero amor fraterno que, sem fraquezas ou simulações, enfrente todas as situações, sem excluir ninguém, nem os inimigos. 

No Evangelho (Lc 14,15-24), vemos que o Reino de Deus é comparado ao banquete para uma festa de casamento. Nesta festa, destacam-se alguns personagens: 

- O rei: é Deus que organiza a festa de núpcias de seu filho Jesus; 

- A esposa: é a humanidade inteira, a própria Igreja; 

- Os servos: representam os profetas, os apóstolos e todos nós; 

- Os convidados: são as pessoas do mundo inteiro, somos todos nós. 

O convite divino para a festa preparada por Deus se mantém e é endereçado para todos nós, mas exige comprometimento da parte de quem o aceita. O desejo de Deus é que ninguém fique de fora. Quem aceita o convite precisa ter a coragem de abandonar as vestes velhas, do pecado, e vestir-se das roupas da conversão e da vida nova. Ninguém tem direito a esse banquete, é um convite. É sempre uma iniciativa divina. 

Os que rejeitam o convite são aqueles que se apegam aos seus interesses e, por isso, não aceitam o chamado de Deus, são os indiferentes, que preferem cuidar de seus negócios particulares e não são motivados para a busca da salvação eterna, preferem outras festas que não duram para sempre. Os violentos não querem que a festa aconteça, querem eliminar os que se empenham na construção do Reino. Ainda que os representantes oficiais e os habituados à religião recusem o convite, dando mais importância aos seus próprios afazeres, o Reino permanece aberto para aqueles que comumente são julgados como excluídos: os marginalizados da sociedade e da religião. 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 

 

Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá - PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi - PR