Reflexão litúrgica: quarta-feira, 17/01/2024, 2ª Semana do Tempo Comum

16 de Janeiro de 2024

"Reflexão litúrgica: quarta-feira, 17/01/2024, 2ª Semana do Tempo Comum"

DEUS SEMPRE ASSEGURA A VITÓRIA PARA AQUELES QUE SÃO HUMILDES E LUTAM PELA DIGNIDADE HUMANA, PELAS CAUSAS JUSTAS E PELO BEM COMUM 

Na Liturgia desta quarta-feira, 2ª Semana do Tempo Comum, na 1ª Leitura (1Sm 17,32-33.37.40-51), vemos uma luta desigual entre o jovem Davi e o gigante Golias. A segurança de Davi apoia-se na confiança em Deus, que já o livrou em outras situações. O rei Saul tem a mesma confiança: “Vai e o Senhor estará contigo!” Depois, dá-se o encontro: o gigante, seguro de si, ri-se de Davi, e a confiança deste culmina com a expressão: “Tu vens a mim com espada, lança e escudo; eu, porém, vou a ti em nome do Senhor dos exércitos”. Então, Davi vence a batalha. Deus sempre assegura a vitória para aqueles que são humildes e lutam pela dignidade humana, pelas causas justas e pelo bem comum. 

Neste texto vemos que Deus se coloca do lado dos fracos e os ajuda a se organizar para vencer os poderosos. A confiança e a esperteza de Davi mostram que o grande recurso do povo fraco e oprimido é a criatividade, que desmonta o poder opressor, atingindo-lhe o ponto nevrálgico. A vida cristã é frequentemente comparada com uma luta que devemos sustentar contra o poder do mal, dentro e fora de nós. O cristão é chamado a combater o mal pondo toda sua confiança no Senhor. 

No Evangelho (Mc 3,1-6), vemos que, Jesus recorre às Escrituras e a um entendimento do sentido do sábado para mostrar que, diante das necessidades essenciais das pessoas, tudo se torna secundário. A vida humana está acima de qualquer lei ou estrutura. Jesus reage com indignação e tristeza diante dos que resistem ao seu ensinamento e a sua prática, então mostra até onde vai sua exigência de que a lei do sábado esteja a serviço da vida. Mais ainda: ao trazer o doente para o centro e curá-lo, indica mais uma vez sua opção pelos desprezados, e a reviravolta que produz diante dos esquemas mentais e sociais que diziam como a religião e demais instituições deveriam agir. Diante disso, os grupos dominantes precisam destruir essa novidade que os ameaça em seu poder e decretam uma sentença de morte; até os partidos que eram inimigos entre si reúnem-se para planejar a morte desse profeta: afinal, ele está destruindo a ideia de religião e sociedade que eles tinham. 

Hoje, nós cristãos celebramos o Dia do Senhor num domingo, porque foi num domingo que Cristo venceu todas as forças do mal e ressuscitou. 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá - PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças - Sarandi - PR