A SOCIEDADE QUE PÕE QUALQUER COISA ACIMA DA VIDA HUMANA É SOCIEDADE QUE REJEITA JESUS
Na Liturgia desta segunda-feira, 4ª Semana do Tempo Comum, na 1ª Leitura (2Sm 15,13-14.30;16,5-13a), vemos que Davi temendo os acontecimentos, foge de Jerusalém e vai para o deserto. Enquanto enfrenta a conspiração dentro de sua própria família, encontra fidelidade e apoio fora, inclusive de estrangeiros filisteus. Em meio à fuga, Davi se defronta com partidários e descendentes de Saul: um ajuda, e outro amaldiçoa. Na situação de conjunto, podem-se perceber as divisões dentro do reino.
No Evangelho (Mc 5,1-20), vemos que em terra estrangeira, Jesus encontra alguém que reúne em profundidade muitos efeitos e formas de dominação: o espírito que habita essa pessoa se chama legião, nome das temíveis tropas do exército romano. A intervenção libertadora de Jesus envia a Legião para o fundo do mar, recordando o destino do exército egípcio que perseguia os hebreus liderados por Moisés. Mas há tantos acostumados com a dominação, que não podem suportar que alguém como Jesus permaneça entre eles. A atitude dos que pedem que Jesus vá embora é a mesma de uma sociedade que valoriza mais a posse dos bens do que a libertação dos alienados e escravizados. Em primeiro lugar, Deus quer que o homem viva. A sociedade que põe qualquer coisa acima da vida humana é sociedade que rejeita Jesus. Ficará na região o testemunho vivo daquele homem restaurado em sua dignidade, e que se tornará anunciador da libertação proporcionada pela ação de Jesus.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá - PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças - Sarandi - PR
