Paróquia São Francisco de Assis, a 1ª igreja

30 de Maio de 2018

Paróquia São Francisco de Assis, a 1ª igreja

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A "Cidade Verde" vai fazer jus ao nome, mais uma vez. Já está em andamento a construção de primeira igreja sustentável de Maringá: a nova matriz da paróquia São Francisco de Assis, localizada no Jardim Alvorada. A antiga construção já tem quase quatro décadas e por questões deinviabilidade não será "reconstruída". Isso porque, a estrutura antiga não suportaria as modicaçõesnecessárias que contemplam o projetosustentável.

O conceito de arquitetura sustentável surgiu entre o meados dos anos 80 e o início dos anos 90, e a cada dia tem ganhado mais força. O objetivodesse tipo de construção é conceber um projeto arquitetônico que otimize os recursos naturais por meio de sistemas de edicação que minimizem o impacto socioambiental.

De acordo com o Green Building Council Brasil (CBC), em termos de quantidade de obras certicadaspor sustentabilidade, o Brasil está emquarto lugar no ranking, candoatrás apenas dos Estados Unidos, China e Emirados Árabes.Em 2015, o Papa Francisco, incluiu na encíclica "Laudato Si", um texto articulado com o intuito de incitar os éisa desenvolverem um "mundo"mais sustentável para todos.

Por essas e outras razões é que o pároco da Igreja São Francisco de Assis - conhecido por sua preocupação com a natureza e os animais,tornando-se o "padroeiro" dos ambientalistas, padre Luiz Carlos de Azevedo optou pela construção de um "templo autossustentável" paraacolher os seus éis. Para ele, a comunidade merece isso. "Nossa comunidade, assim como eu, têm um grande carinho pelo antiga igreja, mas essa já não estava em boas condições para atender à nossademanda. Sugeri que ela seja reformada e se torne um centro de eventos com auditório para locação e apresentei o projeto para a construção deuma nova igreja, que oferecesse o conforto necessário para participar das celebrações e a comunidade abraçou a causa", conta ele.

A solidariedade da comunidade foi essencial para que a obra chegasse até onde está. Dos mais de R$ 3 milhões estimados com os gastos, maisde R$ 2,2 milhões foram arrecadados em dois anos, pela comunidade da paróquia. O padre enfatiza que para a conclusão da obra ainda faltacerca de R$ 1,3 milhão. "Vendemos rifas e promovemos ações para obter esse valor, que em parte também provém das doações recebidas como dízimo e obtidas durante o 'ofertório' nas missas. Tenho certeza de que conseguiremos o valor faltante com o apoio de todos e se Deus quiser,em 15 de dezembro desse ano, no aniversário de 40 anos da antiga paróquia, iremos também comemorar a inauguração da nova sede", diz.

De acordo com o engenheiro responsável pelo projeto, Antonio Carlos Bortoleto, veremos uma igreja que contempla a beleza, a sustentabilidade eo espaço, comportando até mil pessoas sentadas. "Optamos por estruturas metálicas em vez de madeira, além de esquadrias de PVC, quereduzem cerca de 80% dos ruídos, minimizando também a entrada de calor.

Na parte hidráulica, instalamos uma cisterna de 20 mil litros para acaptação da água da chuva que será reutilizada para a limpeza e para irrigação do jardim. Ao redor da igreja, calçadas ecológicas e no interiordela, 26 janelas com vitrais extensos para permitir a entrada de luz, além de um bolsão de ar entre o telhado e a laje, com o intuito de refrigerar oambiente e reduzir os custos com o ar-condicionado", explica.

Bortoleto conta que projeto começou a ser executado há dois anos e que 65% da obra já está construída. "Após concluída, painéis fotovoltaicosserão instalados no telhado, para captar a energia solar, reduzindo os gastos com energia elétrica".

Por Patrícia Marques, jornal O Diário