Após quatro anos de estudos, padre Sandro Ferreira, do clero da Arquidiocese de Maringá, concluiu neste mês de dezembro, o doutorado em Roma. O presbítero defendeu a tese com o título “A dimensão comunitária do ministério presbiteral (Presbyterorum ordinis 7-9): desafios e perspectivas da Igreja no Brasil”.
Oobjetivo da pesquisa foi refletir sobre a dimensão comunitária do ministério presbiteral a partir do Decreto Presbyterorumordinis, especialmente nos números 7, 8 e 9, que tratam sobre o relacionamento dos presbíteros com o bispo, dos presbíteros entre si e deles com os cristãos leigos, e sobre o modo como essas orientações do Concílio Vaticano II foram acolhidas e aplicadas no contexto eclesial brasileiro.
Ao comentar sobre a conclusão dos estudos de doutorado, o presbítero fez as seguintes pontuações:
Experiência: “Estudar fora do país, especialmente em Roma, nos oportuniza fazer a experiência da universalidade da Igreja. E isso não pelo fato de estar próximo ao Vaticano, mas por poder estudar e estar na mesma sala de aula com pessoas de todos os continentes, com ricas e variadas experiências em nível eclesial, social e pessoal. Cada pessoa traz consigo suas marcas, suas riquezas, seus limites”.
Aprendizado: “Uma das coisas que aprendi é amar ainda mais a nossa Igreja em nível universal, e especialmente a nossa Igreja particular, ou seja, a Arquidiocese. Em Maringá temos muitas iniciativas em favor da evangelização, muitas lideranças comprometidas com o Reino de Deus, muita riqueza que só conseguimos perceber quando temos outros parâmetros de comparação. Ao dizer isso não estou afirmando que sejamos melhores ou piores que outros, mas que, às vezes, não conseguimos perceber a beleza de tudo aquilo que realizamos ou, mesmo percebendo, não somos capazes de externalizar essas percepções”.
Contribuição: “Como presbítero, uma tese de doutorado compreende uma reflexão específica sobre uma temática teológica. Meus estudos foram realizados em Teologia Dogmático-Sacramentária, no Pontifício Ateneo Santo Anselmo, com enfoque no sacramento da ordem. Portanto, penso que poderei contribuir na reflexão, no estudo e em iniciativas que visam aprofundar a teologia dos sacramentos e também naquilo que se refere ao ministério e à vida dos presbíteros. Acredito que esse período fora do país e também fora da Arquidiocese me ajudou a reforçar a minha espiritualidade, o meu amor a Cristo e à Igreja e a compreender ainda mais que Cristo é e deve ser a razão de tudo aquilo que fazemos: é Ele o sentido de nossa existência, é a vida e os gestos d’Ele que devem nos inspirar no nosso modo de viver a fé”.
