A Vida Consagrada na perspectiva da sinodalidade

06 de Outubro de 2021

A Vida Consagrada na perspectiva da sinodalidade

A vida religiosa consagrada teve seu marco inicial nos primeiros tempos da vida cristã; este chamado para a vivência radical do Evangelho, à luz da opção fundamental, o qual se traduz no amor a Deus e ao próximo (Mt 22,36-40). E quem é o nosso próximo? São todos aqueles irmãos e irmãs, que encontramos em nosso caminho, para acolhermos e cuidarmos.

A Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) é um organismo vivo à serviço da Igreja, o qual em comunhão com a Conferência dos Bispos do Brasil (CNBB) e Conselho Nacional do Laicato (CNLB), busca expressar sua missão fundada nos valores evangélicos: ser uma presença samaritana e silenciosa capaz de promover e gerar vidas nas realidades onde vivenciam seu apostolado segundo o carisma de cada congregação, ordem ou instituto religioso.

“Para cumprirem convenientemente tal serviço, as pessoas consagradas devem ter uma profunda experiência de Deus e tomar consciência dos desafios do seu tempo, identificando o sentido teológico profundo deles por meio do discernimento realizado com a ajuda do Espírito. [...] nos acontecimentos históricos, encerra-se frequentemente o apelo de Deus para trabalharmos segundo os seus planos com uma inserção ativa e fecunda nos acontecimentos do nosso tempo.” (Exortação Vita Consecrata, nº 73).

Na Arquidiocese de Maringá, somamos aproximadamente 120 religiosos e religiosas: Irmãs, Irmãos e Sacerdotes presentes em várias comunidades, nas quais, exercemos, segundo o carisma de nossas Congregações, o nosso apostolado na evangelização, na educação, na saúde e nas obras de assistência social nas cidades de Floresta, Itambé, Jandaia do Sul, Mandaguaçu, Mandaguari, Marialva, Maringá e Nova Esperança.

Esses religiosos e religiosas estão presentes nesta Igreja particular, antes mesmo que Maringá fosse Diocese. Em 1952 chegou a primeira Congregação: Irmãs Carmelitas de Vedruna, seguida pelos Irmãos da Misericórdia de Maria Auxiliadora, Padres Jesuítas (não mais na Diocese), Irmãs Missionárias do Santo Nome de Maria, Irmãs Vicentinas, Murialdinas, Religiosas da Instrução Cristã, Apóstolas do Sagrado Coração de Jesus, Irmãs Batistinas, Irmãs Passionistas, Irmãs dos Santos Anjos Custódios, Irmãs Franciscanas da Sagrada Família, Irmãzinhas da Imaculada Conceição, Congregação das Filhas de Sant’Ana, Sociedade do Apostolado Católico, Agostinianos, Padres Cavanis, Irmãos Maristas, Sociedade dos Sacerdotes de São Tiago e Fraternidade São Francisco de Assis, e por último as Servas Adoradoras da Misericórdia.

Como Vida Religiosa Consagrada, desejamos ser com dos demais membros do Corpo Místico de Cristo (arcebispo, padres e leigos), uma Igreja sinodal, a fim de contribuir com o sonho que está sendo gestado para a Arquidiocese: a esperança alimentada pela fé com o ardor do evangelho para viver nossa missão e serviço com humildade, simplicidade, comunhão fraterna e testemunho profético, visibilizados pela beleza dos nossos carismas.

Neste sentido, conscientes desta nossa missão, avançaremos para águas mais profundas (Lc 5,1-5), com a certeza de que podemos, sim, contribuir com a  nossa Igreja, povo de Deus, numa perspectiva sinodal, pois “a esperança é ousada, sabe olhar para além das comodidades pessoais, das pequenas seguranças que reduzem o horizonte, para se abrir aos grandes ideais que tornam a vida mais bela e digna. Caminhemos na esperança!” (Papa Francisco)


Caro leitor, fraternalmente receba nosso abraço,


Ir. Dionísia Pereira Duarte, CIIC

Ir. Joel dos Santos de Souza, FMMA

 Ir. Maria Helena Teixeira, SNM

Ir. Maria Nazareth Gomes da Silva, RIC



Publicado na Revista Maringá Missão / outubro de 2021