Padre Edivaldo Rossi Gonçalves, do clero da Arquidiocese de Maringá, participou de audiência com o Papa Francisco dia 07 de fevereiro, no Vaticano. Padre Edivaldo está em Roma desde 2019, onde faz mestrado em Patrologia no Instituto Patrístico Agostiniano.
A perdido do portal da Arquidiocese de Maringá, ele escreveu o seguinte relato sobre o encontro com o Sumo Pontífice:
“No último dia 7 de fevereiro tive a graça de participar de uma Audiência com o Papa Franciso, no contexto das comemorações do centenário (1922 – 2022) da eleição pontifícia de Achille Ratti, que assumiu o nome de Pio XI. O Papa Pio XI morou por três anos (1879-1882) no Pontifício Seminário Lombardo em Roma e para fazer memória deste laço o Papa Francisco recebeu a comunidade do Lombardo. Pelo fato de eu morar neste seminário durante o período de estudos em Roma, também participei da audiência.
A audiência foi um momento muito bonito preparado pelo nosso Reitor, o Monsenhor Ennio Apeciti (padre da Arquidiocese de Milão), do qual participaram não apenas os padres estudantes e as religiosas do seminário, mas também todos os nossos colaborares, dos porteiros às cozinheiras.
Os últimos dias de preparação e a manhã da audiência foram marcados por uma feliz espera. Enquanto estávamos a caminho do Vaticano eu conversei um pouquinho com meus familiares e com Dom Severino Clasen, que pediu para enviar saudações ao Papa.
Fomos recebidos na Sala Clementina, um ambiente preparado no Vaticano para audiências como a nossa. Inicialmente, Monsenhor Ennio cumprimentou o Papa, fez uma apresentação geral do nosso seminário, recordou o motivo da nossa visita e entregou-lhe alguns presentes, entre esses um livro com fotos da atual capela do Lombardo e o discurso proferido pelo Papa Paulo VI no dia da sua inauguração e bênção. Assim como o Papa Pio XI, também o Papa Paulo VI morou no Seminário Lombardo durante seu período de estudos romanos.
Depois da fala do nosso reitor, o Papa Francisco proferiu o seu discurso, lembrando alguns fatos da vida do Papa Pio XI e apresentando elementos para vivermos bem este tempo de estudos em Roma sob a perspectiva da futura missão em nossas dioceses. Foi um discurso muito bonito, no qual o Papa se dirigiu a nós como um pai amoroso a seus filhos queridos.
Eu guardei especialmente duas palavras em meu coração: uma pensando aos estudos: “Nestes anos vocês estudam e aprofundam, e isto é um presente de Deus. Mas seu conhecimento nunca deve se tornar abstraído da vida e da história”; outra pensando à missão: “Convido-os a pedir a Deus para sonhar a beleza da Igreja: sonhar a Igreja do amanhã, mais fiel ao espírito do Evangelho, mais livre, fraterna e alegre em testemunhar Jesus, animada pelo ardor de alcançar os que não conheceram o ‘Deus de toda consolação’”.
Ao final da audiência o Papa nos abençoou e em seguida cada um de nós foi saudá-lo. Essa foi primeira vez que pude cumprimentá-lo e dirigir-lhes algumas palavras: eu agradeci a acolhida, disse que sou brasileiro e transmiti os cumprimentos dos familiares e de Dom Severino; o Papa ouviu tudo com atenção e se despediu fazendo uma brincadeira.
Eu fiquei muito feliz por ter participado desta audiência com o Papa Francisco e me sinto ao mesmo tempo fortalecido e revigorado com essa experiência, pois para além de qualquer formalidade que um ato como esse possa comportar, o Papa nos acolheu com muito carinho e familiaridade e o mais importante: ele é o sucessor de São Pedro, e como dizia Santo Ambrósio de Milão: ‘onde está Pedro, ali está a Igreja’” (Padre Edivaldo Rossi Gonçalves).
