Na tarde deste domingo, 16 de novembro, a Arquidiocese de Maringá celebrou o Jubileu da Caridade, a Peregrinação Jubilar dos Agentes da Ação Sociotransformadora, Agentes Políticos e Lideranças Comunitárias. Em sintonia com o 9º Dia Mundial dos Pobres, os fiéis participaram da recitação do Santo Terço, seguida de uma catequese e da Santa Missa presidida por Dom Frei Severino Clasen, OFM.
Em sua catequese, o Arcebispo reforçou que a fé não se limita à vida interior, mas exige conversão social e compromisso com a justiça, a paz e o cuidado da Casa Comum. Dom Severino recordou que os pobres são sujeitos e protagonistas na Igreja, e não apenas objetos de assistência, exortando as lideranças a combaterem a "globalização da indiferença" e a lutarem por direitos sagrados como terra, teto e trabalho, inspirados pelo exemplo de Jesus que caminhava entre os excluídos.
Na homilia, refletindo sobre a liturgia do fim dos tempos e a perenidade do amor, Dom Severino enfatizou que a caridade é a exigência máxima para a salvação, conforme o capítulo 25 de Mateus. Ele alertou que o cristão deve olhar nos olhos dos mais necessitados com compaixão genuína, pois neles está a imagem de Deus. O Arcebispo usou o exemplo da união da comunidade diante das tempestades para ilustrar que é o vínculo fraterno e a oração sincera que protegem a vida e sustentam a esperança.
A celebração também fez memória dos 20 anos da Pastoral da Pessoa Idosa na Arquidiocese, do Dia da Consciência Negra e das urgências climáticas que estão sendo debatidas na COP 30. O canto litúrgico foi conduzido por um grande coral formado por integrantes de diversas paróquias, simbolizando a unidade arquidiocesana. Ao final, foram distribuídas mudas de árvores, doadas pelo Instituto da Terra e Água e a Escola Milton Santos.
Que esta última peregrinação jubilar renove a coragem de transformar a realidade em todos nós, que somos Peregrinos da Esperança




