Padre Júlio escreve sobre a Escola Diaconal São Francisco de Assis. Candidatos iniciam mais uma etapa de formação

10 de Julho de 2014

Padre Júlio escreve sobre a Escola Diaconal São Francisco de Assis. Candidatos iniciam mais uma etapa de formação

imagem Padre Júlio escreve sobre a Escola Diaconal São Francisco de Assis. Candidatos iniciam mais uma etapa de formação

O diaconado é um ministério presente na Igreja desde os seus primórdios. Sua origem é documentada nos Atos dos Apóstolos: “… Escolham homens de boa reputação, repletos do Espírito e de sabedoria” (6, 1-6). Nas cartas de Paulo, sobretudo aos Filipenses 1, 1 e a Timóteo (1Tm 3, 8-13) encontramos referências explícitas do ministério diaconal.

O Concílio Vaticano II, no dia 15 de novembro de 1965, restaurou o diaconado para todo Igreja. Depois de estudos, encontros e reflexões, o Brasil, via Conferência Episcopal, iniciou sua experiência de formação e ordenação de homens casados para o diaconado, com Dom Eugênio de Araújo Sales, então Administrador Apostólico de Salvador, Bahia, em 03 de março de 1966. Data que marca o início da primeira escola para a formação de diáconos permanentes no Brasil.

Na Arquidiocese de Maringá, a experiência teve seu início com Dom Murilo Krieger, então arcebispo metropolitano, no ano de 1998. A primeira turma foi formada pela escola diaconal da Diocese de Ponta Grossa. 11 foram os que concluíram aquela escola.

Dez foram ordenados no dia 03/08/2002. Uma segunda turma frequentou a escola aqui em Maringá. Foi montada uma estrutura para acolher os novos alunos. Dos que entraram nessa segunda turma, 18 perseveraram e, tendo passado pelos escrutínios, foram ordenados no dia 26/12/2007, por Dom Anuar Battisti.

Em 2009, com a aprovação dos vários organismos arquidiocesanos, reiniciamos mais uma turma da Escola Diaconal São Francisco de Assis. Incialmente, eram 54 no propedêutico, que durou um ano e meio. Dos 54, 36 alunos estão inscritos para esta última etapa intensiva de formação, que inicia no próximo dia 11 de julho.

A escola segue as orientações gerais da CNBB, com as “Diretrizes para o Diaconado Permanente da Igreja no Brasil”, que contempla uma formação ampla, percorrendo etapas e dimensões da formação: dimensão humano-afetiva; eclesial-comunitária; intelectual; espiritual e pastoral.

Optamos por fazer oito etapas intensivas, em regime de internato, seguidas de mais três momentos de formação, em finais de semanas. As etapas da formação inicial devem terminar no final de setembro de 2015.
Além de um conteúdo básico de teologia e pastoral, os alunos são encaminhados para estágios pastorais.

A ordenação diaconal dos que perseverarem até o final da escola dependerá de uma série de fatores.

Dentre eles, salientamos: 1)- Que o aluno da escola apresente sinais evidentes de vocação, competência, idoneidade e tempo para dedicar-se ao ministério diaconal; 2)- Acompanhamento do pároco de origem e do Conselho Pastoral Paroquial; 3)- Aprovação do aluno por parte do Sr. Arcebispo; 4)- Participação em todas as etapas da escola diaconal. Em todo o processo de formação e de exercício do ministério, a família é envolvida. Sobretudo da esposa, é exigido um consentimento explicito e formal.

Padre Júlio Antônio da Silva
Assessor dos diáconos permanentes da Arquidiocese de Maringá