Domingo, dia 23 de julho, benção de São Cristóvão na Catedral de Maringá

21 de Julho de 2017

Domingo, dia 23 de julho, benção de São Cristóvão na Catedral de Maringá

Domingo, dia 23 de julho, motoristas, motociclistas e ciclistas são convidados a levar seus veículos para receber a benção na Catedral de Maringá. A tradicional “benção de São Cristóvão” será realizada das 7h30 às 17h em frente à Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória.

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Conheça a história de São Cristóvão

No dia 25 de Julho é comemorado o dia do padroeiro dos motoristas e viajantes, São Cristóvão. O nome Cristóvão não é o seu nome de batismo e carrega o significado de “condutor de Cristo” além de também representar uma das devoções mais populares e antigas da Igreja Católica e do Brasil.

Seu verdadeiro nome era Réprobo e pouco se sabe sobre a sua origem. Diz-se que ele era um homem muito alto, forte, da linhagem Cananéia e por conta disso, sua profissão era ser um guerreiro. Graças ao seu porte físico, não havia um que o vencesse. Sua presença quase sempre era sinônimo de vitória.

Mas algo um dia perturbou a mente de Cristóvão. Enquanto servia o Rei de Canaã, se deu conta que ele deveria trabalhar para o maior rei de todos, o mais poderoso, e saiu em busca dessa figura. Encontrou um rei mais forte e passou a servi-lo.

Em uma das festas do reino, durante uma festa, algumas cantigas e canções estavam sendo cantadas para o rei e continham em sua letra citações ao demônio. Toda vez que era citado, o rei fazia o sinal da cruz. Intrigado, Cristóvão perguntou ao rei do que se tratava aquele sinal e ele disse que era uma proteção contra qualquer má intenção ou coisas ruins vindas daquela figura. Sendo assim, Cristóvão concluiu que o demônio era mais poderoso que o rei e por isso devia servi-lo.

Saiu em mais uma jornada atrás de seu novo “mestre” e durante sua caminhada por um deserto o encontrou. Enquanto caminhavam juntos, Cristóvão notou que o demônio ao avistar uma cruz, desvio o caminho e percorreu uma distância muito maior afim de não passar perto dela. Cristóvão, intrigado, questionou o demônio que confessou: “Houve um homem chamado Jesus Cristo que, por meio de Sua morte na Cruz, trouxe a salvação para a humanidade, e quando vejo Seu sinal, fico apavorado e fujo dele”.

Na mesma hora, Cristóvão entendeu que era a Jesus Cristo era mais poderoso e por isso saiu em uma busca incansável ao seu novo Senhor. Durante a caminhada, encontrou um senhor e perguntou como poderia encontrar Jesus Cristo. O velho eremita disse que ele deveria jejuar e orar, mas Cristóvão disse que não seria possível. Sendo assim, o eremita pediu que ele se instalasse a beira de um rio que existia ali perto, de travessia difícil, para ajudar a todos que quisessem passar por ele e por amor a Jesus Cristo iniciou a sua missão.

Dia e noite ajudava as pessoas a atravessar o rio, até que em uma noite escutou uma criança chamá-lo para ajudá-la a atravessar a margem do rio. Cristóvão colocou a criança nos ombros e iniciou a travessia. A criança era tão pesada que Cristóvão, mesmo forte, temeu se afogar e por várias vezes pensou estar carregando o mundo nas costas. Ao deixar a criança do outro lado do rio, comentou sobre o seu peso e eis que teve a sua revelação: “Bom homem, respondeu-lhe o menino, não te espantes, pois não só carregaste o mundo inteiro como também o dono do mundo. Eu sou Jesus Cristo, o Rei que estás a servir neste mundo, e, para que saibas que digo a verdade, põe teu cajado no chão junto à tua casa e amanhã verás que ele estará coberto de flores e de frutos”.

O milagre do cajado de São Cristóvão

Depois desse dia, Cristóvão partiu para Lícia ao encontro de cristãos que estavam presos. Quando foi descoberto, apanhou muito de seus perseguidores e quando todos achavam que ele seria derrotado, jogou o seu cajado no chão pedindo a Jesus Cristo que o florisse novamente. E assim aconteceu, diante de mais de 8 mil pessoas.

Imediatamente Cristóvão foi levado ao rei, que tentou de todas as maneiras fazer com que desistisse e renunciasse a sua fé mas ele permaneceu inabalável. Sua fé era tão forte quanto o seu corpo. O rei ainda tentou fazê-lo pecar, mas foi em vão. Depois de várias tentativas, o rei mandou executá-lo e Cristóvão morreu decapitado.

Após esse episódio, a fama de Cristóvão espalhou-se muito rapidamente atingindo assim mais e mais devotos ao longo do mundo.

O padroeiro dos motoristas

Após o episódio da criança no rio, Réprobo assumiu o nome de Cristóvão (carregador de Cristo) e por isso é considerado o padroeiro dos motoristas, condutores e viajantes já que um dia carregou o menino Jesus nos ombros.

Sua imagem representa exatamente esse momento: o menino Jesus em seus ombros e o cajado na mão.