Reflexão Litúrgica: Sexta-feira, 03/06/2022, VII Semana do Tempo Pascal, Memória de São Carlos Lwanga e companheiros, mártires

31 de Maio de 2022

"Reflexão Litúrgica: Sexta-feira, 03/06/2022, VII Semana do Tempo Pascal, Memória de São Carlos Lwanga e companheiros, mártires"

Bendito seja o nome do Senhor, sua misericórdia é sem fim!

Na Liturgia desta sexta-feira da VII Semana do Tempo Pascal, vemos, na 1a Leitura (At 25,13b-21), que a conversa do governador da província romana na Judeia (Festo), com o rei Agripa demonstra a inocência de Paulo (cidadão romano, hebreu e fariseu). Festo se acha em dificuldades: como encontrar uma acusação que justifique a prisão prolongada de Paulo e o envio a Roma? É difícil voltar atrás, quando já se deram vários passos na arbitrariedade.

A inocência de Paulo e seu apelo de ser julgado por tribunal romano por ter visto no império romano maior respeito à dignidade da pessoa humana e encontrado maior possibilidade de ser livre do que ser julgado em território judaico com intensos conflitos entre cristãos e judeus.

No Evangelho (Jo 21,15-19), Jesus dialoga com Pedro, três perguntas, três respostas, três conclusões: apascenta, sirva, cuida das minhas ovelhas. Com estas palavras, Jesus confere a Pedro a tarefa de supremo e universal pastor do rebanho; confere-lhe o primado que lhe havia prometido quando disse: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja. E eu te darei as chaves do Reino dos Céus” (Mt 16, 18-19).

Quando amamos e obedecemos a Deus, não somos somente nós que ‘lucramos’, mas toda a humanidade. Jesus faz com que o amor por Ele consista em servir aos demais. Ele não quer receber os frutos desse amor, mas que suas ovelhas os recebam. Ele é o destinatário do amor de Pedro, mas não é o beneficiário. Nosso amor a Cristo não deve ficar em um fato intimista e sentimental, mas deve expressar-se no serviço aos demais, em fazer o bem ao próximo.

Jesus é fiel a cada um de nós, mesmo quando o negamos nos dá novas chances, possibilidades, não nos expulsa ou abandona por causa de nossos erros e fraquezas. A confiança e o perdão do mestre fizeram de Pedro uma pessoa nova, forte, humana solidária e fiel para sempre.

Se aprendêssemos a lição contida na forma de atuar de Cristo com Pedro, dando confiança a alguém depois de este ter errado uma ou várias vezes, quantas pessoas menos fracassadas e marginalizadas haveria no mundo!

Bendito seja o nome do Senhor, sua misericórdia é sem fim!

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.


Pe. Leomar Antonio Montagna

Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças – Sarandi – PR