Reflexão litúrgica: segunda-feira, 17/07/2023 – 15ª Semana do Tempo Comum, Memória do Bem-aventurado Inácio de Azevedo, presbítero, e companheiros mártires

17 de Julho de 2023

"Reflexão litúrgica: segunda-feira, 17/07/2023 – 15ª Semana do Tempo Comum, Memória do Bem-aventurado Inácio de Azevedo, presbítero, e companheiros mártires"

UM COPO DE ÁGUA DADO COM AMOR SACIA DUAS SEDES: SEDE DE ÁGUA E DE FRATERNIDADE, PARA QUEM DÁ E PARA QUEM RECEBE 

Na Liturgia desta segunda-feira, XV Semana do Tempo Comum, vemos na 1ª Leitura (Ex 1,8-14.22) que o Faraó com medo de que o povo explorado tomasse consciência da própria situação e se revoltasse, usou o poder político obrigando o povo aos trabalhos forçados e de pressão psicológica; assim o povo não teria condições e meios de se organizar e se libertar. 

Temendo a revolta, usa da autoridade política para o controle da natalidade, a fim de evitar o crescimento de um problema incontrolável para a classe dominante. No entanto, a vida é mais forte que todas as armas do opressor: as parteiras, tementes a Deus, fonte da vida, respeitam a vida que nasce. 

No Evangelho (Mt 10,34-11,1), vemos quais são as condições para o seguimento de Jesus: 

1ª) Vê-lo em todos, não só nos que pertencem aos nossos laços de sangue ou não são queridos: “Quem ama seu pai, sua mãe, seu filho... mais do que a mim, não é digno de mim”. 

2ª) Tomada de posição, romper com a sociedade do acúmulo e do vazio: “Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim”. 

3ª) Renúncia, despojamento. A missão nos pede muito esforço, nos expõe, nos fragiliza, mas há uma promessa de vida nova: “Quem procura conservar a sua vida vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la”. 

4ª) Prática da solidariedade. Jesus diz que ninguém ficará sem a recompensa: “Quem der, ainda que seja apenas um copo de água... não ficará sem recompensa”. Um copo de água dado com amor sacia duas sedes: sede de água e de fraternidade, para quem dá e para quem recebe. 

Enfim, neste Evangelho, vemos que nem os laços familiares, nem as ameaças à própria vida, nada pode impedir o discípulo de testemunhar a justiça do Reino. Os discípulos não agem em nome próprio, mas seguem o mandamento de Jesus, o que exige fidelidade total. A missão deles deve inspirar-se nos profetas e nos justos. Jesus se identifica com a pessoa dos discípulos, porque eles levam ao mundo sua palavra e ação. 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá - PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi - PR