Reflexão litúrgica: quinta-feira, 10/08/2023 – 18ª Semana do Tempo Comum, Festa de São Lourenço, diácono e mártir

09 de Agosto de 2023

"Reflexão litúrgica: quinta-feira, 10/08/2023 – 18ª Semana do Tempo Comum, Festa de São Lourenço, diácono e mártir"

“SE ALGUÉM ME SERVE MEU PAI O HONRARÁ” 

Na Liturgia desta quinta-feira da XVIII Semana do Tempo Comum, vemos, na 1ª Leitura (2Cor 9,6-10), a preocupação do Apóstolo Paulo motivando uma coleta em favor dos necessitados da comunidade de Jerusalém, isso demonstra que, desde o início do cristianismo, o econômico também fazia parte do testemunho cristão. A partilha e a solidariedade em favor dos mais pobres não se manifestavam só na própria comunidade, mas eram sinal de unidade entre as diversas comunidades. Esse intercâmbio material não era questão periférica da fé, mas autêntico veículo de comunicação do dom extraordinário de Deus e obediência ao Evangelho de Cristo. 

Ao mártir São Lourenço, admirável seguidor e servidor de Cristo, aplica-se adequadamente as palavras desta leitura: “Distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”. Segundo a tradição divulgada no século IV, são Lourenço suportou intrepidamente atroz martírio na grelha, depois de distribuir os bens da comunidade aos pobres, por ele qualificados como verdadeiros tesouros da Igreja. 

No Evangelho (Jo 12,24-26), vemos que Jesus se apresenta como o Messias predito pelas Escrituras, mostrando, porém, sua verdadeira missão: dar a vida para salvar e reunir o povo. A crucificação não será motivo de derrota ou desânimo, mas o sinal de que o alcance de sua obra é o mundo todo. 

É necessário que o grão de trigo morra para não permanecer sozinho. Jesus caiu em terra: a ressurreição passa pela cruz, Jesus agora vive não mais num corpo físico, mas no seu Corpo Místico, na Igreja, isto é, em toda a humanidade. Assim foi para Jesus, assim será para cada um de nós. 

Cair em terra, não é só dar fruto, é salvar-se, viver eternamente: “Ele foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes, a punição a ele imposta era o preço de nossa paz, e suas feridas, o preço de nossa cura” (Is 53,5). 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá - PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi - PR