JESUS É DE TODOS E PARA TODOS, ASSIM COMO DEVERIA SER CADA CRISTÃO
Na Liturgia desta terça-feira, IV Semana da Quaresma, vemos, na 1ª Leitura (Ez 47,1-9.12), que o profeta Ezequiel, usando o símbolo da água, descreve a força da vida emanada da fé em Deus. O Povo exilado na Babilônia, longe de Jerusalém e do seu templo destruído, é fortalecido pela esperança do surgimento de um novo templo. A água viva, que brota do templo, simboliza a vida nova, a salvação oferecida por Deus. Jesus Cristo ressuscitado é o novo e definitivo templo onde Deus se manifesta.
Cada um de nós deve ser, também, manifestação do amor de Deus, sendo fonte de vida e cura por onde passar.
No Evangelho (Jo 5,1-16), vemos que a iniciativa da cura é tomada por Jesus, que assim demonstra seu espírito aberto aos mais abandonados: “Não tenho ninguém!” Como sinal, este pormenor tem um valor apreciável, pois simboliza a absoluta impossibilidade do homem para a própria salvação, e a iniciativa de Deus. É interessante notar a fé demonstrada pelo paralítico na palavra de Jesus, fé que significa confiança total. Parece, enfim, que o pecado era a causa da doença. Era, pois, necessário adverti-lo; somente assim seria perfeita a cura. Não parece forçado aplicá-lo ao que se passa na confissão. O pecado pode ser muito bem comparado à paralisia e a absolvição à palavra de Jesus, que restituiu as forças, mas supõe o firme propósito da parte do pecador. O fato de o doente ter ido ao templo permite supor que tenha querido agradecer a Deus a cura obtida. Exatamente graças a esse seu ato, pôde reconhecer Jesus e receber dele a palavra de salvação.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi – PR