Reflexão litúrgica: Segunda-feira, 03/06/2024 – IX Semana do Tempo Comum

02 de Junho de 2024

"Reflexão litúrgica: Segunda-feira, 03/06/2024 – IX Semana do Tempo Comum"

DEUS NOS PROMETEU E NOS DEU PRECIOSOS BENS, PARA QUE NOS TORNEMOS PARTICIPANTES DA NATUREZA DIVINA  

Na Liturgia desta segunda-feira da IX Semana do Tempo Comum, vemos, na 1ª Leitura (2Pd 1,2-7), que a graça e a paz chegam até o cristão através do conhecimento de Jesus Cristo; este é um dos temas centrais da carta. Trata-se da fé em Jesus Cristo, tal como foi transmitida pelos apóstolos e que exige ao mesmo tempo comportamento coerente com ela. A insistência do autor sobre esse conhecimento se deve ao fato de que, na época, surgem doutrinas que deterioram o núcleo fundamental da fé cristã e que desligam da vida prática o conhecimento religioso. 

O autor acentua que conhecer o testemunho de Jesus abre para a humanidade a possibilidade de conversão ou mudança radical: de um lado, a ruptura com as estruturas idolátricas da sociedade; de outro, o início de uma nova caminhada que leva de modo crescente à participação na própria natureza de Deus, princípio e fim da vocação humana. Esse conhecimento fornece também os meios para a caminhada cristã, as virtudes enumeradas neste texto têm como início a fé e como fim último o amor. 

No Evangelho (Mc 1,1-12), vemos que Jesus toma a iniciativa e, por meio de uma parábola, denuncia os vinhateiros homicidas, isto é, as autoridades de Jerusalém, em geral grandes proprietários de terra, gananciosos e assassinos que avançam a qualquer custo sobre o que não lhes pertence. A morte de Jesus é compreendida na sequência da eliminação de tantos enviados de Deus, chegando a João Batista. E o estabelecimento do próprio Jesus como a Pedra angular tira toda a legitimidade do projeto que essas autoridades representam. 

Depois de muitos profetas que pregavam a justiça (empregados), Deus envia o próprio Filho com o Reino. A rejeição e morte do Filho trazem a sentença: o povo de Deus, agora congregado em torno de Jesus (pedra), passa a outros chefes, que não devem tomar posse, mas servir. 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi – PR