ALERTA: SE O ATO DE FÉ PELA PALAVRA NÃO FOR ACOMPANHADO DE AÇÕES, É VAZIO E SEM SENTIDO
Na Liturgia desta quinta-feira da XII Semana do Tempo Comum, vemos, na 1ª Leitura (2Rs 24,8-17), que no reinado de Jeconias, acontece o primeiro exílio da comunidade de Judá (597 a.C.). Assim se cumpriu o castigo tantas vezes anunciado pelos profetas. Com essa deportação tem início o exílio de Babilônia. Note-se quem era levado para o exílio: a classe governante, os militares, os donos dos meios de produção e os intelectuais. O povo pobre permanecia na terra para trabalhar e pagar tributos ao dominador. O exílio, portanto, era a maneira drástica de desarticular um povo, impedindo-o de se organizar novamente.
No Evangelho (Mt 7,21-29), Jesus alerta dizendo que, se o ato de fé pela palavra não for acompanhado de ações, é vazio e sem sentido. Diz, ainda, que construir a casa sobre a rocha é viver e agir de acordo com a justiça do reino apresentada no Sermão da Montanha. Construir a casa sobre a areia é ficar na teoria, sem passar para a prática, enfim, o Evangelho nos mostra duas casas, dois destinos: perdição ou salvação.
Hoje, presenciamos uma multiplicação de religiões e igrejas. Qual é o fundamento? Ou serão pequenas ou grandes portas com grandes negócios? As pessoas que estão naquelas e em nossas igrejas estão encontrando verdadeiramente Deus ou estão sendo domesticadas? As pessoas que estão nas igrejas participam porque querem comprometer-se com a construção do Reino de Deus? Ou vão lá ouvir o que querem? Concluo a reflexão com esta palavra de Mahatma Gandhi: “Quando os cristãos viverem a palavra, pedirei o batismo”.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi – PR




