“TUDO CONCORRE PARA O BEM DAQUELES QUE AMAM A DEUS” (Rm 8,28)
Na Liturgia desta terça-feira da XIII Semana do Tempo Comum, vemos, na 1ª Leitura (Am 3,1-8.4,11-12), que pelo fato de ser o povo escolhido, Israel se imagina protegido e desculpado por Deus. Contudo, exatamente por ser o povo íntimo de Deus, terá que prestar contas de toda infidelidade e será julgado com mais rigor que as outras nações. O profeta salienta que a história de Israel está cheia de advertências: fome, sede, calamidades de todo tipo, pestes, guerras e inúmeros desastres. Esses flagelos, porém, não levaram à conversão; pelo contrário, continuou-se a prática da injustiça, acobertada por um culto puramente exterior.
Nós cristãos, novo povo de Deus, quanta coisa temos que nos censurar. Hoje temos vozes proféticas (Papa Francisco, CNBB...) que nos mostram nossas infidelidades, desafiando-nos a uma fidelidade plena, coerente. Somos tentados a sufocá-las, porque incomodam, porque não aprovam nossa maneira de nos comportar, contudo são verdadeiro eco da voz de Deus.
No Evangelho (Mt 8,23-27), vemos que é nos momentos de crises e dificuldades diante do mundo que a comunidade cristã (discípulos) mostra se confia ou não na presença de Jesus em seu meio. As situações críticas são sempre um termômetro que medem o grau de consciência da maturidade ou infantilidade da fé. Deus conhece e sabe tudo de nossa história e de todas as situações de dificuldades que passamos. E por que Deus não intervém? Por que o senhor deixa isso acontecer? Por que permite essa desgraça? Eis as manifestações de nossa pouca fé. Queremos sugerir a Deus o tempo e o modo de intervir em nossa vida, na vida do mundo. Na realidade, é difícil muitas vezes compreender por que acontecem certos fatos, mas o cristão sabe que Deus está vendo e nele confia, não fica inerte, se esforça, reza, porém acima de tudo tem grande esperança, põe sua confiança em Deus. “Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28).
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi – PR




