Reflexão litúrgica: Terça-feira, 16/07/2024, Festa da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, XV Semana do Tempo Comum

15 de Julho de 2024

"Reflexão litúrgica: Terça-feira, 16/07/2024, Festa da Bem-aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, XV Semana do Tempo Comum"

“JESUS, APONTANDO PARA OS DISCÍPULOS, DISSE: EIS MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS” 

Nossa Senhora do Carmo 

O Monte Carmelo, na Galiléia, é cantado na Bíblia por sua beleza, é considerado o monte da contemplação. Sobre este monte o profeta Elias defendera a pureza da fé israelítica no Deus vivo. No século XII, alguns eremitas, retirados nessa montanha, lá teriam fundado a ordem dos Carmelitas, voltada à contemplação, sob o patrocínio da santa Mãe de Deus. A festa de hoje foi instituída para recordar a data em que segundo as tradições carmelitas, o primeiro geral da Ordem, São Simão Stock, recebeu das mãos de Maria o escapulário com a promessa de eterna salvação. Maria Imaculada, em Lourdes, escolheu dia 16 de julho para a última saudação a Bernardete. Maria é o ideal puríssimo da vida religiosa. 

Na Liturgia desta terça-feira, Festa de Nossa Senhora do Carmo, vemos na 1ª Leitura (Zc 2,14-17) que o profeta menciona que os exilados, ainda habitantes da Babilônia, se reúnam com seus irmãos na Palestina, porque Deus está novamente ligado ao seu povo. O texto abre uma perspectiva universal: as nações pagãs farão parte do povo de Deus, que tem Jerusalém como centro. 

No Evangelho (Mt 12,46-50), vemos que ao aparecer sua própria família, Cristo declara que sua verdadeira família é composta daqueles que escutam e fazem a vontade de Deus. A escuta é premissa indispensável para acolher a palavra divina; todavia, Mateus acrescenta ser indispensável que a palavra ouvida se torne realidade na vida. 

Mateus salienta que a família de Jesus são os seus discípulos, isto é, a comunidade que já se dispôs a segui-lo. São eles que aprendem os ensinamentos de Jesus, para levá-los aos outros; são eles que trilham o caminho da vontade do Pai, isto é, a obediência à radicalização da Lei proposta por Jesus. Desse modo, começa nova geração, diferente da geração má dos fariseus. 

Jesus não coloca em questão a grandeza e a bondade da família humana, mas põe as bases de uma íntima união com ele: fazer a vontade do Pai. No âmago das relações humanas instaura-se novo parentesco espiritual, que une a Cristo e ao Pai: é a consonância com a vontade do Pai. Dele veio a vida, dele vem todo bem. Nisto Maria é louvada tacitamente: ela é aquela que aceitou em plenitude a iniciativa do Pai. Nas famílias cristãs tudo deve tornar-se sinal não só de pertença à própria família, mas ainda à família maior dos filhos de Deus: Todos aqueles que, atraídos pelo Pai e movidos pelo Espírito Santo, respondem livremente ao amor revelado e comunicado no Filho, formam a Igreja assembleia dos eleitos em Cristo. 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi – PR