QUANDO APRENDERMOS A AMAR SABEREMOS ORAR E NOS COLOCAR HUMILDEMENTE NA PRESENÇA DE DEUS
Na Liturgia desta sexta-feira, XV Semana do Tempo Comum, vemos na 1ª Leitura (Is 38,1-6.21-22.7-8) a importância e a eficácia da oração do rei. Ezequias era um dos maiores descendente de Davi, julgado perfeito pelos sábios do povo, contudo, foi acometido por uma doença que o pôs, ainda jovem, em perigo de morte. Ele faz uma oração de coração sincero, com extrema delicadeza, apesar do pranto incontido que a acompanha. Ezequias não pede expressamente a própria cura, conquanto seja claro seu ardente desejo. Diz simplesmente: “Senhor recorda-te de que passei a vida diante de ti com fidelidade”. E deixa a Deus interpretar sua prece. Jesus ensina-nos a rezar. Ensina-nos a pedir a Deus com simplicidade de coração, como faz a criança com seu pai ou sua mãe. Também as coisas materiais entram na oração e a Deus não desagrada que lhe peçamos também a saúde do corpo, quando necessário; sabe que nós, como Ezequias, somos apegados à vida. Mas só é boa a oração que não pretende ligar Deus aos nossos caprichos ou interesses. Devemos crer em seu amor, saber entrar confiantemente em seu plano, que é sempre um plano de salvação, embora diferente do nosso. Quando aprendermos a amar saberemos orar e nos colocar humildemente na presença de Deus. Porque ainda não aprenderam a amar, muitos cristãos nunca aprenderam a orar.
No Evangelho (Mt 12,1-8), vemos que, para os fariseus, os discípulos de Jesus cometeram duas infrações: apropriaram-se do que não lhes pertencia, e fizeram isso em dia de sábado. Jesus recorre às Escrituras e a um entendimento do sentido do sábado para mostrar que, diante da fome, tudo se torna secundário. A vida humana está acima de qualquer lei ou estrutura. Jesus reage com indignação e tristeza diante dos que resistem ao seu ensinamento e a sua prática, então mostra até onde vai sua exigência de que a lei do sábado esteja a serviço da vida. Diante disso, os grupos dominantes precisam destruir essa novidade que os ameaça em seu poder e decretam uma sentença de morte; até os partidos que eram inimigos entre si reúnem-se para planejar a morte desse profeta: afinal, ele está destruindo a ideia de religião e sociedade que eles tinham.
Hoje, nós cristãos celebramos o Dia do Senhor num domingo, porque foi num domingo que Cristo venceu todas as forças do mal e ressuscitou.
Para maiores esclarecimentos sobre o Domingo, Dia do Senhor, recomendo a leitura da Carta Apostólica "Dies Domini" (O Dia do Senhor), sobre a santificação do Domingo, do Papa São João Paulo II publicada em 31/05/1998.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi – PR




