“QUEM QUISER SER O MAIOR SEJA AQUELE QUE SERVE” (Mt 10,43)
Na Liturgia desta segunda-feira, XXVI Semana do Tempo Comum, vemos na 1ª Leitura (Jó 1,6-22), que o autor do livro tem o propósito de demonstrar uma tese bastante ousada para seu tempo, a saber: que a doutrina tradicional sobre a retribuição, segundo a qual o justo obtinha como prêmio, fama, riquezas, longevidade, numerosa descendência, ao passo que o mau era castigado com a perda dos bens, da família, da saúde e uma mente precoce, era falsa, porque desmentida pela experiência. Diferente e mais misterioso é o modo como se manifesta a justiça de Deus. Por isso, o autor põe em cena Jó, justo paciente, e mostra-o ferido por uma série impressionante de amarguras. Jó permanece fiel a Deus, mesmo sem saber compreender o porquê de tanta desgraça.
No Evangelho (Lc 9,46-50), vemosquepara compreender o messianismo de Jesus é preciso mudar a ideia que se tem a respeito do poder. Enquanto persistir entre os discípulos o desejo do poder que domina, não haverá possibilidade alguma de construir o Reino de Deus.
Este texto é um convite para acompanhar Jesus, o Mestre no caminho da humilhação. Os maiores no Reino dos céus são os menores. Outra qualidade do discípulo é a tolerância. Ninguém tem o monopólio do bem, e todos os que praticam são invisivelmente unidos entre si. Jesus não quer que o grupo daqueles que o seguem se torne seita fechada e monopolizadora da sua missão. Toda e qualquer ação que desaliena o homem é parte integrante da missão de Jesus.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi-PR