Reflexão litúrgica: sexta-feira, 10/01/2025, Tempo do Natal depois da Epifania

09 de Janeiro de 2025

"Reflexão litúrgica: sexta-feira, 10/01/2025, Tempo do Natal depois da Epifania"

JESUS TOCA-NOS MEDIANTE OS GESTOS SACRAMENTAIS, PURIFICA-NOS E NOS RENOVA, PERDOA-NOS E NOS PÕE EM COMUNHÃO COM ELE 

Na Liturgia desta sexta-feira do Tempo do Natal depois da Epifania, na 1ª Leitura (1Jo 5,5-13), vemos que Deus enviou seu Filho Jesus Cristo, que morreu e ressuscitou. Ele venceu, e nós somos convidados a lutar contra os males que nos afligem. É vencedor do mundo somente quem acredita que Jesus ressuscitado é o Filho de Deus. Com Ele, ressurgimos a cada dia. 

Todos nós buscamos a plenitude da vida; mas, onde ela se encontra? A Bíblia nos responde: Deus é vida plena e, graças ao seu amor por nós, ele deu sua própria vida através de seu Filho encarnado. Os homens têm acesso à vida através da fé. E, é a fé que acolhe o dom que Deus realiza em Jesus. É esta fé que faz experimentar desde já a vida eterna. Mas, o que é a fé? É o compromisso com o testemunho que Jesus deu desde o batismo (água) até a sua morte (sangue). E quem desperta esse compromisso é o Espírito, que nos faz recordar, compreender e viver esse testemunho de Jesus, que dissipa todo egoísmo, mentira e morte, vence o mundo. 

No Evangelho (Lc 5,12-16), vemos que o leproso era um marginalizado da vida social. Através da cura, Jesus o reintegra na comunidade. O verdadeiro cumprimento da Lei não é declarar quem é puro ou impuro, mas fazer com que a pessoa fique purificada. Enquanto o leproso curado testemunha a ação de Jesus, este se retira para refontizar a sua missão em Deus Pai, e assim continuar a sua obra. 

O gesto do leproso é um convite a apresentar-nos com fé diante do Senhor, para pedir nossa cura. Muitos são os males que nos afligem: egoísmo, orgulho, inveja, avareza, paixões desordenadas. Cada pessoa, cada comunidade e toda a humanidade está coberta de culpas individuais e sociais. Ante essa realidade, devemos dizer também com o leproso: “Senhor, se quiseres podes curar-me.” “Tu podes”: é a certeza da bondade infinita de Deus, mais desejoso de nos conceder seu perdão do que nós de pedi-lo. Neste diálogo existencial entre nós e Deus exprime-se toda a história da salvação: nossa impotência e miséria confiam no poder e infinita misericórdia de Deus. Jesus responde prontamente à confiança do ser humano. Jesus está sempre disponível para nós: tocando-nos mediante os gestos sacramentais, purifica-nos e nos renova, perdoa-nos e nos põe em comunhão com Ele.  


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi-PR