CRISTO É O FUNDAMENTO DA ESPERANÇA, NOSSA FÉ NÃO É VÃ
Na Liturgia desta quinta-feira na Oitava da Pásco, vemos, na 1a Leitura (At 3,11-26), que, em nome de Jesus, Pedro faz andar um paralítico. Isso mostra que Jesus está vivo e continua a agir; é, pois, sinal que o Pai o ressuscitou. Pedro testemunha Jesus com palavras e gestos e faz um apelo ao arrependimento e à conversão para o perdão dos pecados. A partir deste texto, ficam as seguintes questões: Quem é perigo para a sociedade: Jesus? O Papa Francisco? A CNBB? Ou aqueles que preferiram seguir as orientações e mentiras disparadas pelo “gabinete do ódio” e outras instâncias? As autoridades políticas agiram e agem por quais interesses? Do bem comum? O povo reconhece que agiu por ignorância e preconceito ou ainda sustenta o projeto de morte?
No Evangelho (Lc 24,35-48), Jesus nos anuncia a paz: "A paz esteja convosco", paz que significa a tranquilidade da ordem, harmonia consigo, com o outro, com a natureza e com Deus. Diante disso, fica a questão: Que soluções damos aos nossos problemas existenciais? Vivemos simplesmente na matéria ou incluímos a transcendência para guiar e iluminar o nosso agir?
Outros elementos a considerar nesse texto:
1º - Ressurreição é fato, não é imaginação ou somente um acontecimento espiritual;
2º - Ressurreição é real, total, Jesus está vivo;
3º - Ressurreição é a vida no próprio corpo: sofrido, oprimido, torturado, agora num corpo de luz. Aqui fica uma questão: uma pessoa que viveu mais de cem anos, ao ressuscitar terá qual corpo? De cem anos, de noventa, de cinquenta, de trinta, de dez... terá um corpo de luz;
4º - Jesus ressuscitado come junto, comer juntos cria comunhão, os cristãos são companheiros, isto é, comem do mesmo pão;
5º - Jesus ressuscitado nos dá a paz, fazer a experiência de Jesus ressuscitado é viver na paz, isto é, na tranquilidade da ordem. Cristo é o fundamento da esperança, nossa fé não é vã;
6º - Tocar em Jesus e ficar emocionado não é suficiente para viver a verdadeira fé, é necessário o entendimento: “Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras” (Lc 24,45). É necessário fazer a releitura do Antigo Testamento a partir da ressurreição de Jesus.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi-PR
