Reflexão litúrgica: Quarta-feira, 23/07/2025 – XVI Semana do Tempo Comum

22 de Julho de 2025

"Reflexão litúrgica: Quarta-feira, 23/07/2025 – XVI Semana do Tempo Comum"

APESAR DE FORÇAS CONTRÁRIAS E POSSÍVEIS PERDAS, O SUCESSO DA COLHEITA SERÁ GARANTIDO 

Na Liturgia desta quarta-feira da XVI Semana do Tempo Comum, vemos, na 1ª Leitura (Ex 16,1-5.9-15), que Deus alimenta o povo no deserto com o ‘maná’. O povo está no deserto, faminto, a caminho da terra prometida, mas, no caminho, sente a dureza da marcha e a escassez de alimento e de água. Começa, então, a reclamar de Moisés e Aarão. Estava disposto a trocar a liberdade por um pouco de comida. Para que o projeto de liberdade não fracassasse, Deus é solidário e não o abandona, pelo contrário, oferece um alimento inesperado: o maná e codornizes para que possa, fortalecido, prosseguir a caminhada: “Ao anoitecer, comereis carne, e pela manhã vos fartareis de pão”. 

No Evangelho (Mt 13,1-9), vemos que Jesus entra na barca que é a Igreja e proclama uma mensagem de ânimo às multidões. Vejamos alguns aspectos que temos que levar em conta: 

1°) Jesus está falando Dele, de Seu itinerário, da não aceitação de Sua mensagem; 

2°) Jesus está falando aos discípulos que enfrentavam conflitos, estavam desanimados e vivendo em constantes crises; 

3°) Jesus está falando a cada um de nós, aos diferentes tipos de terrenos (nossa vida): alienação, perseguições, estruturas políticas e econômicas, seduções, superficialidade, insensibilidade, forças contrárias etc. 

A questão principal deste texto do semeador é: Por que muitos que acolheram e acolhem o Reino, depois, o abandonam? Diante dos desafios e de como é acolhida a semente (Palavra de Deus), vale a pena semear? A culpa não é do semeador, nem da semente, mas da terra que a recebe: disposição interior, tempo, vontade etc. Então, temos que olhar para dentro de nós, ali encontraremos a resposta. 

Diante dos vários tipos de terrenos, o lavrador é criativo, aproveita da melhor maneira a semente, pois sabe que a semente é de primeira. Temos que valorizar o esforço de cada um, sem exigir o mesmo de todos. Apesar de forças contrárias e possíveis perdas, o sucesso da colheita será garantido. 

Poderíamos nos questionar: Quanta semente recebemos! E somos assim... E se tivéssemos correspondido, como seria nossa vida e nossa realidade? 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá (PR) 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi (PR)