Reflexão litúrgica: Quinta-feira, 24/07/2025 – XVI Semana do Tempo Comum

23 de Julho de 2025

"Reflexão litúrgica: Quinta-feira, 24/07/2025 – XVI Semana do Tempo Comum"

“DEUS É O NOSSO REFÚGIO E FORTALEZA, SOCORRO EM TODOS OS MOMENTOS” (Sl 46,1) 

Na Liturgia desta quinta-feira da XVI Semana do Tempo Comum, vemos, na 1ª Leitura (Ex 19,1-2.9-11.16-20b), que Deus escolhe o Povo de Israel e lhe propõe uma Aliança para ser portador das promessas messiânicas a todos os povos. 

No Monte Sinai, Deus revela a Moisés Seu cuidado com Israel. No passado: “Vistes o que fiz aos egípcios e como vos levei sobre asas de águia e vos trouxe a mim”. No presente: “Se ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, sereis para mim a porção escolhida dentre todos os povos da terra”. Como propriedade especial, Deus tem, para Israel, uma proposta de libertação para ofuturo: “Vós sereis para mim um reino de sacerdotes e uma nação santa". De agora em diante, a única autoridade sobre o povo é o próprio Deus; a única função das autoridades humanas será servir a Deus, fazendo o povo viver de acordo com a justiça e o direito. Por outro lado, Israel inteiro torna-se um povo de sacerdotes, porque não há mediadores entre ele e Deus; todo o povo, por sua vez, torna-se o mediador que manifesta a presença e a vontade de Deus entre todos os povos. 

A partir de Cristo, esse povo será a própria Igreja por Ele fundada. A Igreja é o novo instrumento de íntima união com Deus e da unidade de todo gênero humano. A Igreja é a nova Jerusalém Celeste, “Cristo a amou e se entregou por ela; a nutre e dela cuida” (Ef 5,25-26). Lemos, no capítulo I da Constituição Dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja, que “os cristãos devem contribuir com sua missão diante de uma sociedade secular. A Igreja é o Povo de Deus, Sacramento de Salvação, Mistério e Missão para toda a humanidade”. 

No Evangelho (Mt 13,10-17), vemos que todas as pessoas são destinatárias da mensagem divina, porém muitos, como no tempo do profeta Isaías, não sabem compreendê-la, dada sua indisponibilidade a mesma. Aos discípulos, contudo, é revelado o sentido dela: por isso, são bem-aventurados. A eles é dada a capacidade de conhecer, isto é, de aderir a Cristo e crer Nele, que é o centro dos segredos e mistérios de Deus que veio nos salvar com Sua morte. 

Para compreender os mistérios do Reino dos Céus, não basta ouvir o que Jesus tem a dizer, é necessário comprometer-se com a justiça de Deus que Ele proclama. Só assim haverá mais clareza a respeito daquilo que dificulta a concretização do Reino de Deus na história humana. 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá (PR) 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi (PR)