JESUS CONVIDA A IMITAR O GESTO DO PAI MISERICORDIOSO
Na Liturgia desta quinta-feira, 31ª Semana do Tempo Comum, na 1ª Leitura (Rm 14,7-12), o apóstolo Paulo ensina que, na comunidade, o importante, é permanecer unidos naquilo que é essencial. A Comunidade cristã deve ser o lugar do amor, do respeito pelo outro, da aceitação das diferenças e do perdão. Santo Agostinho nos diz: “Nas coisas essenciais, a unidade; nas coisas não essenciais, a liberdade; em todas as coisas, a caridade”.
Vemos no Evangelho (Lc 15,1-10), que o amor do Pai é o fundamento da atitude de Jesus diante das pessoas. Respondendo à crítica daqueles que se consideravam justos, cheios de méritos, e se escandalizavam da solidariedade para com os pecadores, Jesus narra essas parábolas que mostram a atitude de Deus em Jesus, questionando a hipocrisia das pessoas cheias de si e autossuficientes.
Na parábola da ovelha perdida Jesus não quer dizer que Deus prefere o pecador ao justo, ou que os justos sejam hipócritas. Ela ressalta o mistério do amor do Pai que se alegra em acolher o pecador arrependido ao lado do justo que persevera.
Se na parábola anterior Deus foi apresentado na figura de um pastor, aqui ele aparece na imagem de uma mulher pobre. A alegria compartilhada com as vizinhas, devido à possibilidade aumentada de construir a sobrevivência cotidiana, faz repensar as imagens convencionais sobre Deus e sua forma de considerar os conflitos vividos na sociedade.
Enfim, as parábolas da ovelha e da moeda falam simplesmente de uma perda e de um reencontro. Seu tema exclusivo é, pois, o amor misericordioso de Deus, um Deus que em Sua bondade vai à procura do pecador.
Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.
Pe. Leomar Antonio Montagna
Presbítero da Arquidiocese de Maringá (PR)
Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi (PR)




