Capela de 1950 será tombada como patrimônio histórico

13 de Junho de 2015

Capela de 1950 será tombada como patrimônio histórico

imagem Capela de 1950 será tombada como patrimônio histórico

A Capela Nossa Senhora Aparecida localizada na estrada Guaiapó, na Gleba Sarandi, será tombada neste sábado, às 20 horas, como patrimônio histórico do município. Para a solenidade será celebrada uma missa sertaneja em ação de graças pelo tombamento que garante a proteção da capela sendo reconhecido seu valor cultural, histórico e artístico.

A construção da capela foi iniciada em 1950 com término e inauguração em 1953. Feita para atender as necessidades religiosas dos moradores locais, sua construção concentrou esforços da comunidade através do sistema de mutirão.

Como costume no período, a capela foi erguida em madeira, em peroba rosa, espécie de lei encontrada em abundância no norte novo do Paraná. A enorme quantidade de serrarias existentes e o conhecimento das técnicas em construção em madeira foram fundamentais para a edificação da capela, em uma área de total de 235 m².

O gerente de Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura, Welington Vilanova, lembra que as igrejas de madeira são uma especificidade da colonização do norte pioneiro e norte novo do Paraná e representam uma época em que a madeira era o principal produto oferecido pela terra.

“A construção em madeira representa o trabalho exaustivo realizado na derrubada da mata e no processo de criação de obras arquitetônicas como a Capela Nossa Senhora Aparecida, responsável pela formação de uma paisagem singular, importante na formação identitária da região”, explica Vilanova.

Configuram-se nessas linguagens arquitetônicas um modo de fazer próprio, caracterizado por técnicas construtivas reelaboradas pelos imigrantes que formaram a cidade, de acordo com suas possibilidades. No caso da Capela Nossa Senhora Aparecida, caracteriza-se ainda, um exemplar de arquitetura e arte religiosa, responsável por fortalecer os símbolos religiosos identitários dos primeiros moradores.

“Além de espaço reservado para as manifestações religiosas, esses templos, em muitos momentos funcionaram como fomentadores das sociabilidades locais, em que se realizavam quermesses, leilões, procissões, responsáveis por estreitar os laços da comunidade”, conclui Vilanova.
Foto e texto: Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Maringá