SOUC 2023: Movimento Ecumênico de Maringá (Mecum) promove café da manhã ecumênico

22 de Maio de 2023

SOUC 2023: Movimento Ecumênico de Maringá (Mecum) promove café da manhã ecumênico

O Movimento Ecumênico de Maringá (Mecum) promoverá sábado, 27 de maio, um café da manhã ecumênico, por ocasião da Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) 2023. Em todo o Brasil a SOUC é realizada de 22 a 28 de maio, com o tema “Aprendei a fazer o bem, procurai a justiça.” (cf.: Isaías 1,17).

O café ecumênico será realizado no centro Social Arquidiocesano Santa Dulce dos Pobres, Rua Cocais 221 - Jd. São Jorge - Maringá.

Segundo o coordenador do Mecum, Gustavo Cioli, a proposta é proporcionar um momento de encontro e diálogo entre as denominações cristãs que integram o movimento em Maringá. “Somos convidados a refletir uma sociedade que não faz distinção pela cor, etnia nem gênero, muito menos por status social ou posses financeiras. Entretanto, vivenciamos uma realidade que, ainda, segrega e exclui. Por isso, é importante trazer a mesa do diálogo entre as igrejas cristãs tais pecados, pois precisamos livrar nossos corações de tais atitudes, purgar estes males que assolam as almas”, comenta Gustavo.

Aberto à comunidade, o café da manhã é gratuito.

A escolha do tema

O tema que inspira a Semana de Oração pela Unidade Cristã, edição 2023, foi escolhido e preparado por um grupo ecumênico dos Estados Unidos da América, a convite do Conselho de Igrejas de Minnesota. Este grupo foi composto por pessoas ecumênicos, ativistas em direitos humanos, algumas delas pastores/as em comunidades e congregação, outras não. O grupo foi acompanhado por outro grupo internacional integrado pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade Cristã do Vaticano e pela Comissão Fé e Ordem do Conselho Mundial de Igrejas.

Minnesota caracteriza-se, historicamente, pela profunda disparidade racial. Entre as inúmeras violências racistas, destaca-se a ocorrida do dia 26 de dezembro de 1862, quando 38 pessoas da etnia indígena Dakota foram enforcadas em Mankato. As execuções ocorreram no contexto da guerra travada entre os Estados Unidos e o povo Dakota. No momento da execução, as 38 pessoas cantaram o hino Wakantanka taku nitawa (Muitos e Grandes).  

A brutalidade do massacre contra o povo Dakota não contribuiu para que, ao longo dos anos, fossem assumidos compromissos para o enfrentamento do racismo. Ao contrário, outras histórias tão cruéis como a ocorrida em 1862 aconteceram. A mais recente, que repercutiu globalmente, foi o assassinato de George Floyd, em março de 2020, no contexto da Covid-19. O crime foi cometido pelo policial de Minneapolis, Derek Chauvin. Este crime, perpetrado por um agente a serviço do Estado, mobilizou a população afro-americana, que denunciou os inúmeros crimes racistas que ocorrem diariamente no país.

Esta onda de mobilização e denúncia ficou conhecida como “Vidas negras importam” e contribuiu para a amplificação das denúncias de crimes racistas que ocorrem diariamente em diferentes países, em especial, naqueles em que o colonialismo se atualiza. O policial Derek Chauvin foi demitido e tornou-se o primeiro oficial de polícia na história moderna de Minnesota condenado pelo assassinato de uma pessoa negra.

O racismo nos Estados Unidos é o maior fator de divisão interna das comunidades eclesiais.

Com informações do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC)