Maringaense com o Padre Zezinho - Revista Maringá Missão

02 de Outubro de 2024

Maringaense com o Padre Zezinho - Revista Maringá Missão

No balançar da rede, no ritmo das canções de um disco de vinil que minha avó ouvia, tive o primeiro contato com as músicas do Pe. Zezinho. Recordo-me de que as letras falavam da busca por um reino e, ainda criança, fui atraído. Não tenho dúvidas de que suas obras se tornaram catequese, incentivando-me a conhecer mais sobre Jesus. Hoje sou casado, tenho 35 anos, dois filhos e a tradição de ouvir as músicas do padre continua: todo sábado de manhã é “regra” em casa tomar café ao som das canções do cantor religioso.

Jornalista, tive a oportunidade de conhecer grandes artistas da música brasileira e da televisão, mas confesso que meu sonho era um dia conversar com Pe. Zezinho. Minha esposa Camila sabia disso e resolveu me presentear com o tão sonhado bate-papo. Ela intermediou com a assessoria do padre e, em poucas semanas, nossa família estava rumo a Taubaté, interior de São Paulo, onde Pe. Zezinho vive desde 1980, no Convento Sagrado Coração de Jesus, com outros 45 religiosos. Antes do encontro, o receio de a pessoa ser diferente do artista, mas logo percebo que José Fernandes de Oliveira é o Pe. Zezinho que o Brasil conhece. Receptivo, talentoso, ao mesmo tempo incomodado, preocupado com o diálogo e com a mensagem do mesmo reino que ouvi nas canções ainda criança.

Por quase uma hora ele contou sobre a infância, como a arte em Taubaté o incentivou no talento musical. Falou das viagens pelo mundo e a inspiração para algumas das mais de 3 mil canções que compôs. “Utopia”, por exemplo, nasceu do pedido da mãe. “Amar como Jesus amor”, da conversa com uma criança em Portugal. “Oração da família”, de uma formação realizada aqui no Brasil. Pe. Zezinho faz questão de destacar que o artista nunca veio antes do padre. Ele não fez uso pessoal dos valores arrecadados com as obras. Aos 83 anos, é um leitor incansável dos documentos da Igreja. Ao final, um almoço, um abraço e uma mensagem: “não importa a profissão, a cidade, a paróquia. Quando ouvires a voz de Deus te chamando para evangelizar a decisão é tua!”

Assista a entrevista completa pelo link a seguir.