O papa Francisco pronunciou no dia 10 de abril pela manhã, discurso durante a 2ª Conferência Internacional sobre Combate ao Tráfico Humano. O evento, que teve início dia 9, no Vaticano, é uma iniciativa da Conferência Episcopal da Inglaterra e Gales, que tem a finalidade de construir uma rede de combate a este tipo de crime. Participaram do encontro cerca de 120 pessoas, entre autoridades policiais que atuam na luta contra o tráfico humano, representantes da Igreja Católica e trabalhadores humanitários.
Em seu discurso, o papa Francisco afirmou que o tráfico de seres humanos é uma “chaga no corpo da humanidade contemporânea, uma ferida na carne de Cristo”.
“O fato de estar aqui, para unir nossas forças, significa que queremos que as estratégias e as competências estejam juntas e se reforcem pela compaixão evangélica, pela proximidade de homens e mulheres vítimas deste crime”, disse o papa.
Francisco agradeceu a presença das autoridades policiais que, segundo ele, dedicam-se a lutar contra este “triste fenômeno”, e dos trabalhadores humanitários, cuja tarefa principal é “fornecer hospitalidade, cordialidade e possibilidade de resgate às vítimas”. De acordo com o papa, são duas abordagens diferentes, mas que “podem e devem andar de mãos dadas”. Para Francisco, é por esta razão que eventos como este são de grande utilidade, pois permitem o diálogo e o confronto a partir de enfoques complementares.
O papa exortou ainda a comunidade internacional “para que adote uma estratégia ainda mais unânime e eficaz de combate ao tráfico humano, de modo que, em todas as partes do mundo, homens e mulheres jamais possam ser utilizados como meio para um fim, e para que sua dignidade inviolável seja sempre respeitada”.
Disse que, com o altos funcionários encarregados da ordem pública dentro da comunidade internacional, “a Igreja se compromete a erradicar o flagelo desta grave atividade que abusa das pessoas vulneráveis”. Explicou que a conferência é parte de um processo no qual há um trabalho conjunto em âmbito internacional para desenvolver estratégias de prevenção, atenção pastoral e reintegração das vítimas.
“Estou pessoalmente empenhado em parceria com a Igreja e a sociedade civil para levar à justiça os responsáveis por estes crimes hediondos e aliviar o sofrimento das vítimas”, concluiu.
Por CNBB