Sábado, dia 19, Arquidiocese de Maringá dará início às ordenações de 28 diáconos permanentes

17 de Setembro de 2015

Sábado, dia 19, Arquidiocese de Maringá dará início às ordenações de 28 diáconos permanentes

imagem Sábado, dia 19, Arquidiocese de Maringá dará início às ordenações de 28 diáconos permanentes

Até o final de novembro de 2015 a Arquidiocese de Maringá passará a contar com mais 28 diáconos permanentes. A primeira celebração de ordenação será realizada no próximo sábado às 19h30 na catedral basílica menor Nossa Senhora da Glória. As demais ordenações serão realizadas nas seguintes datas:

Dia 02 de outubro às 20h na paróquia N. Sra. de Lourdes e São Judas Tadeu em Maringá.

Dia 09 de outubro às 20h na paróquia São João Batista em Jandaia do Sul.

Dia 31 de outubro às 20h na paróquia Nossa Senhora de Lourdes em Paranacity.

Dia 06 de novembro às 20h na paróquia São Paulo Apóstolo em Sarandi.

Dia 28 de novembro às 20h na paróquia Jesus Bom Pastor em Paiçandu.

A ordem do diaconado, segundo o Catecismo da Igreja Católica (n. 1554), destina-se a ajudar e a servir os bispos e presbíteros.

Vinte e seis dos 28 candidatos ao diaconato que serão ordenados em Maringá são casados. Um é religioso e outro viúvo. No caso do candidato viúvo, ele passa ser celibatário.

Com as 28 novas ordenações, a Arquidiocese de Maringá passará a ter 60 diáconos permanentes.

O diácono permanente é a expressão do ministério ordenado colocado o mais próximo possível da realidade laical e do protagonismo dos leigos.

Entre outros serviços, pertence aos diáconos assistir o bispo e os presbíteros na celebração dos divinos mistérios, sobretudo da Eucaristia, distribuí-la, assistir ao Matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregar, presidir aos funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade.” (Catecismo da Igreja Católica, 1570)

Um diácono pode batizar, abençoar matrimônios, assistir os enfermos, celebrar a Liturgia da Palavra, pregar, evangelizar e catequizar.

Porém, não pode, ao contrário do presbítero, celebrar o sacramento da Eucaristia (Missa), confessar nem administrar a unção dos enfermos.

 

Com informações de http://pt.aleteia.org/

 

 

Histórico do diaconado permanente em Maringá

Efetivamente o diaconado permanente está presente na arquidiocese de Maringá desde o ano de 2002, quando estando vacante a sede da nossa arquidiocese, dom Murilo S. R. Kriger, na época arcebispo de Florianópolis, ordenou no dia 3 de agosto de 2002, dez homens para exercerem o ministério do diaconato.

Nessa data, com a implantação do diaconato, passaram também a ter uso de ordem mais dois diáconos vindos de outras dioceses, compondo inicialmente o número de doze diáconos. Porém, as sementes já haviam sido lançadas em 1998, quando os vocacionados iniciaram o período de formação; a arquidiocese de Maringá não dispunha de uma escola, assim sendo eles fizeram seus estudos na diocese de Ponta Grossa, tendo em vista que era a diocese que anteriormente dom Murilo havia estado e também restaurara o diaconato e organizando para isso uma escola de formação.

No ano de 2004, dom João Braz de Aviz propôs a implantação de uma escola em Maringá para formação de um novo grupo de diáconos. Com a colaboração dos padres da arquidiocese, diáconos e leigos, a Escola São Francisco de Assis foi constituída e proporcionou formação espiritual, pastoral e intelectual, para um grupo de vinte homens que foram ordenados para o serviço do diaconato permanente, compondo assim o número de 32 diáconos que atuam em nossas paróquias.

Esse ministério antigo e ao mesmo tempo novo na Igreja, ainda carece de ser conhecido por muitos cristãos católicos, faz-se necessário contextualizá-lo, citando algumas referências do documento publicado pela CNBB, sobre as Diretrizes para o Diaconato Permanente na Igreja no Brasil (Doc. 96):

O diaconato é um ministério presente desde os primórdios da Igreja, os documentos do Magistério situam sua origem na escolha dos sete homens, narrado no capítulo seis do livro dos Atos dos Apóstolos (At 6, 1-6), embora o texto não use o termo diáconos referências explícitas aos diáconos encontram-se em duas epístolas: Fl 1,1 e 1Tm 3,8-13.

Permaneceu na Igreja do Ocidente até o século V, depois, por várias razões desapareceu a figura do diácono dito permanente, isto é, que não seria ordenado presbítero posteriormente. Foi restabelecido pelo Concílio Vaticano II, durante a 5ª sessão em 1965, dando liberdade de escolha ao bispo de cada diocese de restaurá-lo ou não. As primeiras orientações sobre formação dos diáconos foram regulamentadas pelo Papa Paulo VI em 1967 no Motu Próprio “Sacrum Diaconatus Ordinem“.

Fortalecidos com a graça sacramental os diáconos servem o povo de Deus, dentro da sua realidade eclesial e social, a atuação situa-se em três âmbitos: o serviço da caridade; a evangelização e a ação litúrgica. Através de seu agir e deu falar ele é convocado a ser ícone da diaconia de Cristo.

O diácono é a expressão do ministério ordenado colocado o mais próximo possível da realidade laical. Por isso, o Documento de Aparecida afirma que a Igreja espera dos diáconos um testemunho evangélico e impulso missionário para que sejam apóstolos em suas famílias, em seus trabalhos, em suas comunidades e nas fronteiras de missão.

No ano de 2011, por vontade do arcebispo dom Anuar Battisti e dos presbíteros da arquidiocese de Maringá a Escola São Francisco de Assis foi reativada sob a coordenação do padre Júlio Antônio da Silva e do diácono Cesar Ribeiro de Castro. A escola acolheu na época um grupo composto por 54 vocacionados, vindos de várias paróquias de Maringá e demais cidades da arquidiocese, os quais iniciaram juntos um processo de discernimento vocacional, estudo e convivência.

No decorrer de quatro anos a Escola São Francisco de Assis proporcionou formação humana, espiritual, pastoral e teológica, além de oferecer condições para o discernimento vocacional do grupo. Transcorridos o período de escola e estágio pastoral junto às paróquias de origem, um grupo de 28 homens se encontram preparados para serem ordenados.

O povo de Deus das paróquias espera ansioso pela ordenação dos seus candidatos, bem como os diáconos permanentes da arquidiocese, aguardam os novos membros que chegam para somar e compor o corpo diaconal de nossa arquidiocese.

Roguemos a Deus por todos que serão ordenados, para que possam pela graça sacramental configurar-se efetivamente ao Cristo Servo, sendo sinais do amor de Deus na família, comunidade e sociedade em geral.

 

Diácono Cesar Ribeiro de Castro