Reflexão: Liturgia do XXXIII Domingo do Tempo Comum, ano B – 14/11/2021

09 de Novembro de 2021

"Reflexão: Liturgia do XXXIII Domingo do Tempo Comum, ano B – 14/11/2021"

O fim do mundo: maturidade do homem, onde Cristo será tudo em todos 

Na Liturgia deste Domingo, XXXIII do Tempo Comum, veremos, na 1a Leitura (Dn 12, 1-3), que o povo judeu sofria a opressão e a dominação dos gregos, com isso, muitos abandonavam a fé e a vida de comunidade. Então, Daniel escreve este livro para animar as lideranças e o povo para resistirem diante de tais sofrimentos; convida-os a se instruírem para fazer prevalecer o direito e a justiça de Deus. Ele afirma que vale a pena se sacrificar em vista do bem, pois a recompensa não será somente para esta vida: “Os justos viverão para sempre”.

No Evangelho (Mc 13, 24-32), Jesus nos previne quanto ao fim de um mundo, não do fim do mundo. As comunidades cristãs estavam vivendo uma conturbação social e, também, o templo fora destruído, ano 70 d.C. Para despertar a esperança e dar coragem diante de tal situação, o autor bíblico usa uma linguagem apocalíptica: imagens e mensagens fortes, catástrofes etc.

Com esse discurso escatológico, Jesus quer enfocar que as hostilidades e o mundo caótico devem ser destruídos. É o momento do julgamento de Deus sobre a história, pois cada um deve oferecer o melhor de si mesmo. Será a vitória do bem, o mundo se transformará em cosmos (belo) novamente, onde deverá ocorrer a morte da “Pessoa Velha” para ressurgir a “Pessoa Nova”, começo de uma nova era, preparando, assim, a sua segunda vinda.

Jesus nos diz para permanecer vigilantes, pois a sua segunda vinda será gloriosa. Portanto, devemos permanecer animados, confiantes e em oração, pedindo constantemente: “Venha a nós o vosso Reino”.

A vinda de Jesus não deve ser temida, ele já está conosco na Eucaristia, na vivência do amor, nos gestos de acolhimento e solidariedade, enfim, “Ele é o mesmo: ontem, hoje e sempre, cheio de misericórdia”. O fim do mundo será a grande maturidade humana, quando atingiremos a consciência de Cristo; então, seremos seu ‘corpo glorioso’ e Ele será tudo em todos.

Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus.


Pe. Leomar Antonio Montagna

Presbítero da Arquidiocese de Maringá – PR