Reflexão litúrgica: quarta-feira, 06/09/2023 – 22ª Semana do Tempo Comum

05 de Setembro de 2023

"Reflexão litúrgica: quarta-feira, 06/09/2023 – 22ª Semana do Tempo Comum"

CURADOS PARA SERVIR E PARA QUE O MUNDO CREIA NO PODER DIVINO 

Na Liturgia desta quarta-feira da XXII Semana do Tempo Comum, vemos, na 1ª Leitura (Cl 1,1-8), o trecho da carta enviada aos fiéis de Colossas, na Frígia (Ásia Menor). O título de “irmão”, que já designava os membros da comunidade judaica, passa agora aos cristãos, filhos de Deus e irmãos em Cristo e entre si. O Apóstolo Paulo começa com uma ação de graças e a Trindade se faz presente em Deus Pai, no Senhor Jesus Cristo e no Espírito que alimenta o amor mútuo. 

Paulo, também, lembra as virtudes características dos primeiros fiéis: a fé, o amor e a esperança. A vida cristã nasce do compromisso de fé em Jesus Cristo, que significa aceitar a vida e ação de Jesus e continuá-la na história. O amor é a realização prática desse testemunho, por meio da partilha dos bens e da fraternidade, que concretizam o Reino de Deus no dia a dia da história. A esperança é o dinamismo que nasce do amor, alimentando a vida cristã que se projeta na realização da vida plena. 

No Evangelho (Lc 4,38-44), vemos que a comunidade apresenta a Jesus o sofrimento das pessoas: "A sogra de Simão estava de cama, com febre; e sem tardar, falaram-lhe a respeito dela". O poder de Jesus se manifesta para curar a pessoa por inteiro, corpo e alma, e a pessoa curada se coloca a serviço da Comunidade: "Aproximando-se ele, tomou-a pela mão e levantou-a; imediatamente a febre a deixou e ela pôs-se a servi-los". Livres para servir melhor. 

O sofrimento será sempre um mistério, Jesus não elimina o sofrimento, mas nos ensina a carregá-lo com amor e esperança, para que dê frutos de vida eterna. 

Rezar pelos doentes é também se importar com o estado dos hospitais, com a miséria, com a fome, com a exclusão. Curar é também ser sensível a toda a problemática da saúde, às políticas públicas, aos programas sociais, para que estejam a serviço da cidadania e devolvam a dignidade aos seres humanos. "Eram as nossas doenças que Ele carregava, eram nossas dores que Ele levava em suas costas" (Is 53,4). 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá - PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi - PR