Reflexão litúrgica: quarta-feira, 13/09/2023 – 23ª Semana do Tempo Comum, Memória de São João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja

12 de Setembro de 2023

"Reflexão litúrgica: quarta-feira, 13/09/2023 – 23ª Semana do Tempo Comum, Memória de São João Crisóstomo, bispo e doutor da Igreja"

“QUANDO CRISTO, VOSSA VIDA, APARECER EM SEU TRIUNFO, ENTÃO VÓS APARECEREIS TAMBÉM COM ELE, REVESTIDOS DE GLÓRIA” (Cl 3,4) 

Na Liturgia desta quarta-feira da XXIII Semana do Tempo Comum, na 1ª Leitura (Cl 3,1-11), o Apóstolo Paulo nos diz que todas as nossas ações ganham novo sentido a partir da vida nova trazida por Jesus. “Buscai as coisas do alto”, pois só quando valorizamos a eternidade é que vivemos melhor aqui na terra, nos motivamos a agir, conforme o projeto de Deus. A vida melhor não será só na eternidade, o céu já será antecipado nesta vida: “Quando Cristo, vossa vida, aparecer em seu triunfo, então vós aparecereis também com ele, revestidos de glória”. Ele afirma que, quando nos revestimos do ‘Homem Novo’, já estamos participando da Glória de Deus e a Glória de Deus são todas as pessoas plenas de vida. No Batismo, quando tocados pela veste branca, estamos nos revestindo dos atributos divinos: beleza, bondade, paz e da verdadeira alegria. 

No Evangelho (Lc 6,20-26), Jesus propõe um caminho seguro para a felicidade, é um resumo do ensinamento de Jesus a respeito do Reino e da transformação que esse Reino produz. Jesus se apresenta como novo Moisés, que desce da montanha e transmite a lei, isto é, a vontade de Deus que leva a libertação ao ser humano. Jesus está diante de muitas pessoas, então, primeiro, Ele constata a realidade: Quem são? Com quem Ele está falando? Com os pobres, aflitos, mansos, com os que têm fome e sede de justiça, misericordiosos, puros de coração, promovem a paz etc.. 

Em segundo lugar, Jesus conhece as dificuldades deles: perseguidos, injuriados, excluídos etc.. Aqui, poderíamos observar, na mensagem, e ver de quem Jesus está falando? Ele havia dito: “A boca fala do que o coração está cheio”, então, Ele está falando Dele mesmo, certamente, de Maria, dos Santos, das famílias, das Instituições, enfim, de cada um de nós que nos identificamos com os que mais necessitam de nossa solidariedade. De Jesus, tiram-lhe tudo, menos a capacidade de amar e ser livre. 

Em terceiro lugar, Jesus os proclama “Felizes”, herdeiros do Reino de Deus. 

Em quarto lugar, Jesus não se limita a anunciar o reino aos sofredores, Ele apresenta algumas advertências e ameaças aos causadores dos males, que são a causa da miséria dos pobres e que possuem um comportamento perverso. 

Enfim, a questão que nos cabe é: como libertar os pobres, além dos louvores e discursos, mas com ações e com o engajamento nos Movimentos Sociais? Líderes destes Movimentos são bem aceitos? Quem a mídia elogia ou a historiografia enalteceu? Quem é satanizado e quem é valorizado? De quem nós gostamos mais? Neste texto, estão traçados dois modos de conceber a vida: ou pelo Reino de Deus ou pela própria consolação, isto é, ou em função exclusivamente desta vida ou em função da vida eterna. 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá - PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi - PR