Reflexão litúrgica: segunda-feira, 18/09/2023 – 24ª Semana do Tempo Comum

17 de Setembro de 2023

"Reflexão litúrgica: segunda-feira, 18/09/2023 – 24ª Semana do Tempo Comum"

A ORAÇÃO É A CURA DA ALMA, ISTO É, FAZ EFEITO NOS OUTROS, MAS MUITO MAIS EM NÓS MESMOS 

Na Liturgia desta segunda-feira da XXIV Semana do Tempo Comum, vemos, na 1ª Leitura (1Tm 2,1-8), que o Apóstolo Paulo insiste na oração da comunidade, oração de agradecimento e intercessão por todas as pessoas, pois Deus quer a salvação de todos. A oração deve ser expressão de comunhão com Deus e com os irmãos. Quando rezamos, mergulhamos no projeto de Deus. E o primeiro efeito da oração é sobre nós mesmos, nós mudamos para melhor; aquilo que pedimos de bem e de bom aos outros virá cem vezes mais sobre nós, nós reforçamos esses valores em nossa interioridade, por isso, também, podemos chamar a oração de psicoterapia: psíquico = alma, interioridade, terapia = tratamento; portanto a oração é a cura da alma, isto é, faz efeito nos outros, mas muito mais em nósmesmos. 

No Evangelho (Lc 7,1-10), vemos que a salvação é dom de Deus para todos aqueles que se abrem e respondem a esse dom. Jesus nos mostra que as fronteiras do Reino vão muito além do mundo estreito da pertença a uma origem privilegiada. O importante é a fé na palavra libertadora de Jesus. Mesmo pertencendo ao grupo dos que se consideram salvos, se não houver essa fé, também não haverá possibilidade de entrar no Reino de Deus. O oficial romano, aqui do texto, era ‘temente a Deus’, isto é, simpatizante do judaísmo, embora não pertencesse oficialmente aos seus quadros religiosos. Muitas vezes, pode-se encontrar mais fé e solidariedade em pessoas que não pertencem a uma instituição religiosa do que entre aqueles que dela fazem parte. 

O cristão deve fazer a diferença no universo. Não podemos ser indiferentes frente a tantos desafios e injustiças, principalmente, contra os que mais precisam e são os fragilizados da sociedade. Se mantivermos tal mentalidade em nossa Igreja, não precisaremos de inimigos e pouco falaremos ao mundo. Foi vendo a falta de testemunho de algumas dessas pessoas que Mahatma Gandhi dizia: “Amo o Cristo, mas não admiro o modo como vivem os cristãos”. 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá - PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi - PR