Reflexão litúrgica: quarta-feira, 1°/11/2023, 30ª Semana do Tempo Comum

01 de Novembro de 0023

"Reflexão litúrgica: quarta-feira, 1°/11/2023, 30ª Semana do Tempo Comum"

ONDE A DOR FOI GRANDE, MAIOR FOI A MISERICÓRDIA 

Na Liturgia desta quarta-feira, 30ª Semana do Tempo Comum, na  Leitura (Rm 8,26-30), o Apóstolo Paulo nos diz que, devido ao nosso egoísmo, muitas vezes, não conseguimos enxergar o caminho. É o clamor do Espírito que nos dirige, então, orientando-nos, conforme a vontade de Deus. Em nossa existência, todos passamos por situações difíceis, mas elas são chances para o nosso crescimento, em todos os sentidos. Não podemos ser vencidos pelos problemas, lembremos que “tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus”. Onde a dor foi grande, maior foi a misericórdia. 

No Evangelho (Lc 13,22-30), vemos que a salvação de Deus não é um ato mágico ligado a determinado povo, religião, raça ou herança. A salvação é consequência do dom divino unido ao esforço humano de viver no amor e na justiça. Diante da curiosidade de saber se são poucos os que se salvam, Jesus, em vez de responder à pergunta, prefere refletir sobre o caminho que proporciona salvação. E aí alerta para que não haja enganos: o critério fundamental é a prática da justiça. Não basta conhecer Jesus, é preciso comprometer a vida com os valores de sua ação messiânica, assim uma porta se abrirá. A surpresa em relação aos que não entrarão, é que não são os que não sabiam onde ficava a porta, mas que não viveram o projeto do Reino. Muitos destes que não entrarão viveram a fé somente de ritos, ritos não salvam, não contabilizam créditos. A salvação é a prática da justiça, sem esta atitude, não estaremos em condição de receber presente algum. Então, “virão povos do oriente e do ocidente, do Norte e do Sul”; moradores das favelas e dos cortiços, moradores de rua, sem-terra e mulheres da vida, os que julgamos sem importância e sem valor – e nos precederão no Reino de Deus. 

A salvação é dom de Deus, Ele que conhece os que a merecem. Quanto a nós, só nos resta entrar naquela atitude de humilde esperança de que Deus nos salvará, apesar de tudo. 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá - PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi - PR