Reflexão litúrgica: Terça-feira, 22/10/2024, XXIX Semana do Tempo Comum

21 de Outubro de 2024

"Reflexão litúrgica: Terça-feira, 22/10/2024, XXIX Semana do Tempo Comum"

“A QUEM MUITO FOI DADO, MUITO SERÁ PEDIDO; A QUEM MUITO FOI CONFIADO, MUITO MAIS SERÁ EXIGIDO” (Lc 12,48) 

Na Liturgia desta terça-feira, XXIX Semana do Tempo Comum, na 1ª Leitura (Ef 2,12-22), o Apóstolo Paulo nos diz que a participação de judeus e pagãos no único povo de Deus é sinal concreto do homem novo. A morte de Cristo derrubou o muro de separação que a Lei colocava entre judeus e pagãos; surgiu assim o novo Israel, a Igreja, que se abre para todos os homens e os coloca sob uma cabeça única, Cristo. O Evangelho fará cair todas as diferenças. Por mais que surjam sociedades classistas, suas leis e instituições injustas virão abaixo pela força do Evangelho, desprestigiadas por sacrificarem seus povos, em lugar de ajudá-los. 

No Evangelho (Lc 12,35-38), Jesus nos ensina como deve ser o procedimento do cristão diante dos bens deste mundo, pois o uso correto dos bens nos ajuda a estar prontos para o encontro definitivo com o Senhor. Este Evangelho trata da vigilância escatológica, isto é, de como será o nosso fim. Essa vigilância consiste na fidelidade no serviço confiado a cada um. Jesus alerta que os servos devem estar prontos para a volta do seu Senhor, pois essa volta será o juízo tanto sobre os que estiverem atentos quanto sobre os despreocupados que estão aproveitando o momento sem compromisso algum com a transformação das realidades temporais. O que é importante é a prontidão, construir o céu pelo mandato que o Senhor nos confere de administrador, pois, no entardecer da existência, não será Deus a nos julgar e sim nossos atos enquanto peregrinos neste mundo. Deus está sempre chegando, não somente na hora de nossa morte. 

Jesus nos diz que não somos absolutos e que nossa vida é passageira. Então, se o valor é a vida eterna, a questão é: No que estamos investindo? Nós gastamos em quê, com quê e para quê? Nossas ações revelam os valores em que acreditamos e quanto fiéis somos. “Onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.” Nossa responsabilidade é maior porque tivemos a oportunidade de conhecer a vontade do Senhor, não podemos ficar indiferentes aos sofrimentos de tantos irmãos e irmãs que clamam por justiça e mais dignidade. “A quem muito foi dado, muito será pedido; a quem muito foi confiado, muito mais será exigido.” 


Boa reflexão e que possamos produzir muitos frutos para o Reino de Deus. 


Pe. Leomar Antonio Montagna 

Presbítero da Arquidiocese de Maringá-PR 

Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, Sarandi-PR